Todos os posts de Rodrigo Rangel da Costa

Panorama da economia mundial

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos, Andreza Palma e Caio Rodrigues Gomes Leite

Este texto traz dados e análises da economia global, Estados Unidos, Europa – dividida em Área do euro e Reino Unido -, China e três países da América Latina: Argentina, Chile e México. De maneira geral, houve, em 2023, maior crescimento do que o esperado, os mercados de trabalho continuaram mostrando aquecimento, com baixas taxas de desemprego, e a inflação caiu, mas continua alta, em meio à elevação das taxas básicas de juros pelos bancos centrais, que agora indicam que elas devem ficar altas por mais tempo. Os déficits fiscais e as dívidas públicas estão em níveis acima dos de antes da pandemia, e os custos do serviço da dívida como porcentagem do PIB estão altos, como para os países em desenvolvimento, ou com previsão de subirem, como nas economias avançadas e nas de renda média. O crescimento no ano que vem deve ser semelhante ao deste, em termos globais, e pode se beneficiar da perspectiva do início do afrouxamento das políticas monetárias. Entretanto, há riscos, como a mencionada fragilidade fiscal, a demora na recuperação na indústria e os riscos geopolíticos. Cada região ou país, naturalmente, tem suas peculiaridades, exploradas nas subseções a eles dedicadas.

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Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em outubro de 2023

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), outubro de 2023 apresentou um superávit primário de R$ 15,5 bilhões nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 177,0 bilhões nesse mês, queda de 1,2% em termos reais, comparativamente a outubro de 2022, ao passo que a despesa totalizou R$ 161,5 bilhões, acréscimo de 9,9% na mesma base de comparação. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o déficit primário está em R$ 77,4 bilhões, ante o superávit de R$ 70,0 bilhões no mesmo período de 2022.

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Indicadores do mercado de crédito

Por Debora Mesquita Pimentel e Julia de Medeiros Braga

As novas concessões de crédito totais mantiveram em agosto a tendência de crescimento dos últimos cinco meses. Apesar dessa recuperação, o volume total das concessões, já considerado o efeito da inflação, ainda é menor que o patamar atingido em outubro de 2022. No ano, a trajetória de recuperação é influenciada pela expansão nas concessões de crédito com recursos direcionados à pessoa jurídica (PJ), que acumulam alta de 17,03%, com destaque para o crédito com recursos direcionados ao setor rural e com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  No que se refere às concessões para pessoa física (PF), enquanto observa-se em meses anteriores o predomínio da expansão de linhas associadas ao uso do cartão de crédito, em agosto o destaque é o crescimento das modalidades de recursos livres de aquisição de veículos e do crédito pessoal consignado.

A inadimplência da PJ na carteira de crédito com recursos livres atingiu 3,3% em agosto, em contínua trajetória de alta desde o patamar de dezembro de 2022 (2,0%). No caso da PF, dados de agosto consolidam reversão da longa trajetória de alta da inadimplência do crédito com recursos livres, com queda pelo segundo mês consecutivo. Ademais, o  último dado disponível (referente a julho) indica queda do comprometimento da renda das famílias com o pagamento do serviço da dívida, pela primeira vez em vários meses.

As taxas de juros continuam em patamar elevado, embora se observe leve recuo no caso das taxas médias com recursos livres, que atingiu 57,7% para PF e 22,6% para PJ em agosto.

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Comércio exterior do agronegócio: setembro de 2023

Por Diego Ferreira e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio exportou US$ 13,55 bilhões em setembro de 2023, resultado 1,1% inferior ao registrado no mesmo mês de 2022. O valor das importações do setor, no entanto, apresentou queda mais acentuada no mesmo período, de 18,4%, totalizando US$ 1,31 bilhão no mês passado. O resultado, em termos de saldo da balança comercial, foi um pequeno aumento do superávit do agronegócio, que passou de US$ 12,1 bilhões em setembro do ano passado para US$ 12,24 bilhões em setembro deste ano.

O superávit acumulado pelo setor nos últimos doze meses, por sua vez, atingiu a marca de US$ 145,48 bilhões, o que representa uma alta de 10,45% ante igual período anterior.
Essa melhora é resultado tanto do aumento de 9,0% no valor acumulado das exportações quanto da queda de 2,5% no valor acumulado das importações do setor.

Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 6,74% do total importado pelo Brasil nos últimos doze meses, aumento de 0,34 ponto percentual (p.p.) ante igual período anterior. Já a participação do setor no total exportado entre outubro de 2022 e setembro de 2023 subiu 2,19 p.p. em comparação com igual período anterior, chegando a 48,59%.

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Inflação por faixa de renda – setembro/2023

Por Maria Andréia P. Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que, em setembro, a inflação foi, novamente, mais amena para as famílias de menor poder aquisitivo. Por certo, enquanto a classe de renda muito baixa registrou deflação de 0,02%, beneficiada, especialmente, pela queda dos preços dos alimentos, a faixa de renda alta apontou taxa de 0,57%, impactada, sobretudo, pelos reajustes dos combustíveis. Nota-se ainda que, na comparação com agosto, enquanto os três segmentos de rendas mais baixas registraram desaceleração da inflação, em setembro, os três segmentos seguintes apresentaram taxas mais elevadas.

No acumulado do ano, a faixa de renda muito baixa segue apresentando a menor taxa de inflação (2,3%), ao passo que a maior variação ocorre no segmento de renda alta (4,4%). De modo semelhante, no acumulado em doze meses, enquanto a menor taxa de inflação é verificada na classe de renda muito baixa (3,9%), a mais elevada está no estrato de renda alta (6,4%).

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Dados XLS



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Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em setembro de 2023

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN),o mês de setembro de 2023 apresentou um superávit primário de R$ 10,5 bilhões nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 168,1 bilhões nesse mês, acréscimo em termos reais de 9,3%, comparativamente a setembro de 2022, ao passo que a despesa totalizou R$ 157,5 bilhões, acréscimo de 10,7% na mesma base de comparação. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o déficit primário está em R$ 93,3 bilhões, ante o superávit de R$ 37,9 bilhões no mesmo período de 2022.

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Indicadores de indústria, comércio e serviços

Por Leonardo Mello de Carvalho

A maioria dos indicadores de atividade setoriais registrou crescimento no acumulado do ano até julho. O desempenho ao longo dos últimos meses, todavia, indica uma desaceleração nas taxas de crescimento na margem. Entre os principais setores, o destaque negativo continua sendo a produção industrial, que, segundo a PIM-PF, foi uma das poucas atividades a encerrar o mês de julho com queda na comparação acumulada no ano (-0,4%). Ao longo desse período, sua produção manteve um ritmo modesto de crescimento, evidenciado por uma trajetória próxima à estagnação na comparação dessazonalizada em médias móveis. O resultado em julho deixa um carry-over negativo de -0,5% para o terceiro trimestre. Já o comércio varejista (conceito ampliado), de acordo com a PMC, registrou um desempenho mais positivo, acumulando, em termos anuais, um crescimento de 4% nos primeiros sete meses de 2023. Porém, após a queda de 0,3% em julho, na comparação dessazonalizada, sua trajetória em médias móveis registrou a quarta desaceleração consecutiva. Com isso, o carry-over para o terceiro trimestre ficou em 0,4%. Por fim, segundo a PMS, a receita real de serviços apresentou um crescimento de 4,5% no acumulado do ano, quando comparado ao mesmo período de 2022. Em contraste com os demais setores produtivos, sua trajetória em médias móveis na margem aponta para uma aceleração. Com o avanço de 0,5% na margem registrado em julho, o setor inicia o terceiro trimestre com um carry-over de 1,1%.  O comportamento dos indicadores que buscam sumariar a atividade econômica brasileira apresentou resultado similar ao longo dos últimos meses. Enquanto o Monitor do PIB encerrou os sete primeiros meses de 2023 com crescimento acumulado de 3,4% em termos interanuais, o IBC-Br registrou alta de 3,2%. Ainda em termos agregados, o desempenho da atividade em julho foi caracterizado por um nível de difusão abaixo de sua média histórica, situada em 51,3%. Na comparação com junho, já excluídos os efeitos sazonais, 50,4% dos segmentos registraram variação positiva, ante 51,3% no período anterior. Com base na análise em médias móveis de três meses, o indicador de difusão atingiu 51,3% em julho, resultado que representou o segundo recuo consecutivo na margem.

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Visão Geral da Conjuntura

Por Julia de Medeiros Braga, Mônica Mora Y Araujo e Claudio Roberto Amitrano

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta sexta-feira (29), a Visão Geral da Conjuntura, uma análise detalhada sobre o desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre de 2023. O Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea reavaliou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, com uma revisão da alta de 2,3%, da última publicação, para 3,3% em 2023. Para 2024, a previsão de 2,0% foi mantida, conforme a tabela abaixo:

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Internamente, as políticas adotadas pelo governo de transferência de renda, valorização do salário mínimo e demais programas sociais, de renegociação de dívidas das famílias de baixa renda, aliadas a certo alívio proveniente da descompressão das taxas de inflação, permitem a elevação do poder de compra da renda das famílias. O maior consumo de bens e aquisição de serviços promove a expansão da atividade de serviço, um setor altamente empregador, dinamizando o mercado de trabalho. O segundo fator de dinamismo é o desempenho das exportações do petróleo e dos produtos da super safra da agropecuária. O ganho de novos mercados faz com que a taxa de crescimento das exportações brasileiras seja superior à taxa de crescimento do comércio internacional.

Na contramão está a estagnação dos investimentos em máquinas e equipamentos e da indústria da transformação. A estagnação dos investimentos produtivos, por outro lado, tende a ser superada caso as medidas anunciadas pelo governo federal, do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entrem em vigor.

O documento faz ainda uma avaliação da queda da arrecadação tributária do governo central, a despeito do crescimento do PIB, explicada em grande parte pela dinâmica dos preços internacionais das commodities.

O Grupo de Conjuntura da Dimac alerta também que tais projeções são condicionadas pela trajetória da política fiscal e monetária e podem ser frustradas por conta de incertezas quanto ao rumo da política monetária dos países centrais, especialmente nos Estados Unidos, a fatores climáticos, a instabilidades geopolíticas e ao quadro interno desafiador de estagnação dos investimentos em máquinas e equipamentos e da indústria da transformação doméstica.

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Análise e Projeções de Inflação

Por:  Maria Andréia P. Lameiras e Marcelo Lima de Moraes

Ao longo do último trimestre, o cenário de inflação no país voltou a surpreender favoravelmente, mesmo diante de uma aceleração dos índices de preços ao consumidor acumulados em doze meses. Após registar alta de apenas 3,2% em junho, a curva de inflação brasileira, em doze meses, medida pelo IPCA, avançou para 4,6%, em agosto, refletindo a reversão – já esperada – da trajetória de deflação dos preços administrados. Por certo, o efeito estatístico proveniente da exclusão das fortes quedas dos preços administrados em junho e julho de 2022 – em função das desonerações e mudanças tarifárias ocorridas neste período do ano passado – fez com que a taxa de inflação desse segmento, acumulada em doze meses, saltasse de -1,3%, em junho, para 7,7%, em agosto.

Em contrapartida, o desempenho melhor que o projetado anteriormente para os preços livres, especialmente para os alimentos no domicílio, compensou, pelo menos em parte, a alta dos preços administrados, impedindo um aumento ainda mais significativo do IPCA. No último trimestre, encerrado em agosto, os preços dos alimentos no domicílio registraram queda de 3,0%, contribuindo para que a inflação em doze meses deste segmento recuasse de 4,7%, em maio, para -0,6%, em agosto. No acumulado do ano, os alimentos no domicílio apontam deflação de 1,8%. Ainda que em menor intensidade, os bens industriais e os serviços livres também vêm apresentando uma trajetória mais benevolente, tendo em vista que as respectivas altas de 1,6% e 3,7% apontadas por estes dois segmentos em 2023 situam-se bem abaixo das registradas neste mesmo período do ano anterior (6,4% e 5,5%, respectivamente).
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Projeção do valor adicionado do setor agropecuário para 2023

Por Pedro M. Garcia e José Ronaldo de C. Souza Jr.

Esta Nota revisa a nossa previsão para o crescimento do valor adicionado (VA) setor agropecuário em 2023 e apresenta a primeira projeção do VA para 2024 com base, principalmente, nas perspectivas para a safra 2023-2024 divulgadas recentemente pela Conab. A projeção para o VA deste ano foi revisada de crescimento de 13,2%, conforme divulgado na Nota de Conjuntu- ra no 26 da Carta de Conjuntura no 59,1 para 15,5% com base nas novas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e nos resultados mais recentes das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do leite e da produção de ovos de galinha – todas do IBGE. Para 2024, a primeira previsão é de leve expansão de 0,4%. Essa previsão ainda é bem preliminar, com base nas perspectivas iniciais da Conab.

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