Todos os posts de Rodrigo Rangel da Costa

Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em junho de 2025

Por Sergio Ferreira

De acordo com os dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), junho de 2025 apresentou um déficit primário de R$ 41,6 bilhões nas contas do governo central. Conforme mostra a tabela 1, a receita líquida do governo central atingiu R$ 171,6 bilhões nesse mês, um crescimento de 1,4% em termos reais, comparativamente ao apurado em maio de 2024, ao passo que a despesa totalizou R$ 213,2 bilhões, crescimento real de 1,5% na mesma base de comparação. No acumulado do ano, o resultado primário apresenta um déficit de R$ 7,5 bilhões, a preços constantes de junho, ante o déficit de R$ 70,1 bilhões no mesmo período de 2024.

250711_cc_68_nota_2_siafi_tabela_1

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicadores mensais de indústria, comércio e serviços

Por Leonardo Mello de Carvalho

O PIB brasileiro apresentou aceleração no primeiro trimestre de 2025, crescendo 1,4% em relação ao trimestre anterior, segundo dados do IBGE. Conforme já antecipado pelo desempenho dos indicadores mensais de atividade, a economia iniciou o ano num ritmo modesto e foi ganhando impulso ao longo do período, particularmente no mês de março. Embora o cenário macroeconômico brasileiro siga negativamente influenciado pelo ciclo de aperto da política monetária e por incertezas globais, a resiliência do mercado de trabalho, juntamente com o impacto do reajuste do salário-mínimo e das transferências públicas de assistência e previdência, manteve a demanda doméstica aquecida nos primeiros três meses do ano. Além disso, como também já era previsto, a forte contribuição positiva da agropecuária, pelo lado da produção, ajuda a explicar o resultado do PIB. Por outro lado, com base no conjunto de informações disponíveis até o momento, apesar do forte efeito de carry-over herdado do mês de março, já há indícios de uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia no início do segundo trimestre, acompanhada por uma piora das condições financeiras das famílias.

Nesse contexto, o IBC-Br, um dos indicadores que buscam retratar o nível geral da atividade econômica brasileira em base mensal, servindo de prévia para o PIB, registrou, em abril de 2025, uma expansão de 0,2% na comparação livre de efeitos sazonais. O resultado veio após a alta de 0,7% observada em março e revela uma perda de fôlego na margem. Já na comparação interanual, o indicador avançou 2,5%, mantendo o ritmo positivo, embora em patamar ligeiramente inferior ao observado no mês anterior (3,0%). Com o resultado de abril, o carry-over em relação ao segundo trimestre de 2025 ficou em 0,8% na margem, e em 3,2% em termos interanuais.

250701_cc_67_nota_25_atividade_economica_grafico_1

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Panorama da economia mundial

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos, Caio Rodrigues Gomes Leite e Marcelo Guedes Pecly

Este texto aborda os indicadores recentes: globais, dos Estados Unidos, da Área do euro e da China. Um box descreve o Dilema de Triffin, que o atual presidente do Conselho de Assessores Econômicos do presidente dos EUA usou como base no seu “Guia do usuário para a reestruturação do sistema global de comércio”. Outro apresenta a conjuntura em torno da cotação internacional do dólar.

250630_cc_67_nota_24_economia_mundial_graficos_10_18

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Análise e Projeções de Inflação

Por: Maria Andréia P. Lameiras; Tarsylla Godoy de Oliveira

O ambiente inflacionário brasileiro ainda se mostra bastante desafiador, mesmo diante de um quadro recente relativamente mais benigno. Por certo, em que pese a desaceleração dos principais índices de preços, na margem, a trajetória de inflação no país continua marcada por pressões setoriais persistentes, núcleos em patamares elevados e expectativas desancoradas, sinalizando um processo de desinflação lento e com custo alto em termos de atividade econômica.

Em maio, a inflação medida pelo IPCA, surpreendeu positivamente, refletindo a desaceleração mais forte dos preços dos alimentos e a deflação dos combustíveis e dos bens de consumo duráveis. Desta forma, no acumulado em doze meses, o IPCA recuou de 5,5% em abril para 5,3% em maio, incorporando as altas de 4,9% dos preços administrados, 7,2% dos alimentos no domicílio e 3,9% dos bens industriais.

Apesar da desaceleração dos índices agregados, a composição da inflação ainda exige cautela por parte da autoridade monetária. Por um lado, a dissipação do choque de alimentos, aliada à desaceleração dos preços internacionais do petróleo e das commodities industriais e à melhora do comportamento da taxa de câmbio, vem reduzindo as pressões de curto prazo. Por outro lado, no entanto, a inflação de serviços permanece elevada e resiliente, refletindo maior aquecimento da demanda doméstica. Após encerrar 2024 com variação de 4,8%, os serviços aceleraram para 5,8% em doze meses até maio.

250630_cc_67_nota_23_inflacao_jun25_tabela_1

250630_cc_67_nota_23_inflacao_jun25_tabela_2

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Desempenho recente do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Leo Veríssimo Fernandes e Gabriela Carolina Rezende Padilha

O mercado de trabalho brasileiro segue demonstrando trajetória bastante favorável, caracterizada por uma taxa de desocupação em níveis historicamente baixos, refletindo, sobretudo, o bom desempenho da população ocupada. Adicionalmente, os aumentos dos rendimentos reais e o recuo do desalento e do desemprego de longo prazo ajudam a completar este cenário de forte dinamismo.

De acordo com os dados da PNAD Contínua, observa-se que, após a mensalização do último trimestre móvel, a taxa de desocupação ficou em 6,1%, em abril, atingindo o menor patamar já registrado pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por certo, a principal força motriz desse movimento de forte recuo da desocupação é o avanço contínuo da população ocupada. Nos últimos doze meses, até abril, a ocupação registra, na média, taxa de crescimento interanual de 2,7%, sustentada, especialmente, pelo emprego formal, cuja taxa média de expansão de 3,6% situa-se bem acima da registrada pelo setor informal (1,5%).

250626_cc_67_nota_22_indicadores_mensais_mercado_trabalho_grafico_1_2

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Retrato dos rendimentos do trabalho – resultados da PNAD Contínua do primeiro trimestre de 2025

Por Sandro Sacchet de Carvalho

Os dados dos rendimentos do trabalho do primeiro trimestre de 2025 apresentaram uma elevação da renda em relação ao trimestre anterior, marcando o pico da série histórica iniciada em 2012. O crescimento interanual da renda habitual média foi de 4%. Entretanto, estimativas mensais mostram que o rendimento habitual médio real alcançou o pico em fevereiro de 2025 (R$ 3.528,00), tendo recuado em abril para R$ 3.408,00, valor 3,4% menor.

Por grupos demográficos, os maiores aumentos na renda na comparação com o mesmo período de 2024 foram registrados no Sul e no Nordeste, entre os trabalhadores mais jovens (entre 14 e 24 anos) e com ensino médio incompleto. Apenas trabalhadores mais velhos ou no Centro-Oeste apresentaram um fraco aumento na renda, abaixo de 2%.

Na análise por tipo de vínculo, assim como no trimestre anterior, os trabalhadores por conta própria e empregados sem carteira apresentaram crescimento interanual da renda acima dos demais tipos de vínculo (4,7% e 4,3%, respectivamente). Por sua vez, os trabalhadores privados com carteira mostraram um crescimento de 3,5%, mantendo taxas de crescimento mais lento que as categorias informais desde o início de 2022.

Por setor, no primeiro trimestre de 2025, a agricultura mostrou uma recuperação do rendimento habitual (4,8%), após ter sido claramente o setor que obteve o menor crescimento da renda ao longo de 2024. Além da agricultura, os maiores aumentos interanuais da renda habitual foram observados em construção (5,5%) e educação e saúde (4,5%). A renda média habitual do comércio cresceu apenas 1,6% no primeiro trimestre deste ano, sendo o setor de menor crescimento, seguido do setor de serviços pessoais e coletivos com 2%.

Após o pico de desigualdade causado pela pandemia, o índice de Gini se reduziu continuamente até o primeiro trimestre de 2022. No entanto, o segundo trimestre de 2022 apresentou uma reversão da queda da desigualdade da renda observada, que continuou no terceiro trimestre tendo o índice da renda domiciliar se mantido relativamente estável desde então. No primeiro trimestre de 2025, o índice de Gini da renda domiciliar recuou para 0,515. Já o índice de Gini da renda individual caiu de 0,492 para 0,485 entre o quarto trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de abril de 2025

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, permaneceu estável na comparação entre abril e março, na série com ajuste sazonal. O resultado sucedeu à queda de 9,3% ocorrida no período anterior. Com isso, o trimestre móvel encerrado em abril registrou expansão de 4,0% na comparação dessazonalizada. Nas comparações com os mesmos períodos de 2024, o indicador mensal apresentou crescimento de 1,6% em abril e alta de 8,1% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais tiveram uma expansão de 7,9%.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram um avanço de 1,8% em abril, encerrando o trimestre móvel com crescimento de 9,4%. Quanto a seus componentes, enquanto a produção nacional avançou 2,2%, as importações caíram 4,8%. Já na comparação em médias móveis, enquanto a produção nacional recuou 1,3%, as importações subiram 37,8%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos registrou um crescimento de 11,6%.250624_cc_67_nota_21_fbcf_tabela_1 250624_cc_67_nota_21_fbcf_grafico_1

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – abril de 2025

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais recuou 0,6% na comparação entre abril e março na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão das quedas de 1,0% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e 0,3% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela.

A retração na série dessazonalizada sucedeu crescimento nulo em março. Ainda assim, o trimestre móvel encerrado em abril cresceu 1,7% na margem, quando comparado com aquele encerrado em janeiro. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal subiu 0,7% em relação a abril de 2024, o indicador em médias móveis trimestrais aumentou 4,2%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou alta de 6,0% em abril, contrastando com a elevação de 2,4% da produção interna, medida na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE). Ambas apontam para uma desaceleração, como ilustra o gráfico.

250623_cc_67_nota_20_consumo_aparente_tabela_1

250623_cc_67_nota_20_consumo_aparente_grafico_1

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de março de 2025

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, registrou uma queda de 9,5% na comparação entre março e fevereiro na série com ajuste sazonal, resultado que sucedeu ao avanço de 11,7%. Com isso, o trimestre móvel encerrado em março registrou expansão de 3,1% na comparação dessazonalizada – resultado já ajustado de acordo com as contas nacionais trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas comparações com os mesmos períodos de 2024, o indicador mensal apresentou crescimento de 2,6% em março, e alta de 9,1% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais apresentaram uma expansão de 8,8% em 2024.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram uma queda de 18,6% em março, encerrando o trimestre móvel com crescimento de 8,7%. O resultado mensal sucedeu à alta de 24,7% em fevereiro, impulsionado pela importação de uma plataforma de petróleo. Quanto a seus componentes, enquanto a produção nacional cresceu 3,2% na margem, as importações recuaram 46,5%. Já na comparação em médias móveis, a produção nacional caiu 1,8%, ao passo que as importações avançaram 41,0%.

250611_cc_67_nota_17_fbcf_tabela_1

250611_cc_67_nota_17_fbcf_grafico_1

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) – abril de 2025

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado Ipea, apresentou taxa de variação de 0,62% em abril de 2025, situando-se 0,56 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada no mês anterior. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 6,54% nos últimos doze meses.

250606_cc_67_nota_15_icti_abr_25_tabel_1

250606_cc_67_nota_15_icti_abr_25_tabel_2

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------