Todos os posts de Rodrigo Rangel da Costa

Desempenho do PIB no primeiro trimestre de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho e Julia de Medeiros Braga

O PIB avançou 1,9% no primeiro trimestre de 2023, na comparação com o período anterior, já livre de efeitos sazonais, e 4% na comparação interanual, de acordo com o IBGE. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,6 trilhões nos primeiros três meses do ano, sendo R$ 2,2 trilhões referentes ao valor adicionado (VA) a preços básicos e R$ 317,1 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Na comparação acumulada em quatro trimestres, o PIB registrou expansão de 3,3%. Entre os componentes pelo lado da produção, os setores agropecuário e de serviços exerceram as maiores contribuições, sendo responsáveis por 1,4 p.p. e 1,8 p.p. da taxa de crescimento interanual. Já pela ótica da despesa, a maior contribuição veio do consumo das famílias, que adicionou 2,2 p.p. ao resultado. Enquanto a FBCF exerceu contribuição praticamente nula (0,1 p.p.) no primeiro trimestre, as exportações tiveram forte aumento interanual (7,0%), devido, em grande parte, ao petróleo e, assim, diante de um aumento das importações de 2,2%, as exportações líquidas voltaram a registrar contribuição positiva para o resultado do PIB. Com o resultado do primeiro trimestre, o carry-over para 2023 ficou em 2,5% – ou seja, caso permaneça estagnado ao longo dos próximos três trimestres, o PIB fechará o ano com alta de 2,5%.

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Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais – Fevereiro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais, uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações –, registrou uma alta de 2,6% na comparação entre fevereiro e janeiro na série com ajuste sazonal. O indicador foi puxado pela produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais), que cresceu 2,8%, nessa base de comparação. Já as importações de bens industriais registraram pequeno avanço de 0,1%, conforme mostra a tabela.

Esse desempenho positivo não foi suficiente para alterar o cenário de queda do indicador no trimestre móvel encerrado em fevereiro, que recuou 1,2% na margem. O mesmo ocorre na comparação interanual: recuo de 2,4% do indicador mensal contra fevereiro do ano passado e também no trimestre móvel em relação ao verificado no mesmo período de 2022. No acumulado em doze meses, a demanda industrial registrou baixa de 0,4%. Esse cenário ainda desafiador para o setor industrial é também captado na queda de 0,2% no acumulado em doze meses da produção industrial mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico.

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Comércio exterior do agronegócio: abril de 2023

Por Diego Ferreira, Ana Cecília Kreter e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio exportou US$ 14,69 bilhões em abril de 2023, resultado 1,0% inferior ao registrado no mesmo mês de 2022. O valor das importações do setor, no entanto, apresentou queda mais acentuada no mesmo período, de 7,6%, totalizando US$ 1,21 bilhão no mês passado. Do mesmo modo, os demais bens – todos os produtos comercializados, exceto os produtos do agronegócio – encerraram o mês com US$ 12,67 bilhões em valor exportado, queda de 10,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda que menos expressiva, o volume importado pelos demais setores da economia também apresentou queda no comparativo com abril de 2022, de 7,7%, alcançando a marca de US$ 17,93 bilhões comercializados em abril.

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Em termos de saldo da balança comercial, o superávit de US$ 13,48 bilhões do agronegócio em abril foi capaz de compensar o déficit de US$ 5,26 bilhões dos demais setores da economia brasileira, o que contribuiu para um saldo total positivo da balança comercial da ordem de US$ 8,22 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, esse resultado se manteve relativamente estável (queda de 0,1%), embora represente uma retração de 16,8% ante março de 2023.

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Embora o saldo comercial do agronegócio tenha apresentado queda em abril de 2023 no comparativo com o mesmo mês do ano passado, o superávit acumulado pelo setor nos últimos doze meses atingiu a marca de US$ 143,03 bilhões, o que representa uma alta de 21,9% ante igual período anterior (tabela 2). Já o saldo acumulado da balança comercial dos demais setores da economia entre maio de 2022 e abril de 2023 registrou déficit de US$ 78,01 bilhões, o que representa US$ 24,44 bilhões a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. Consequentemente, o saldo acumulado total da balança comercial foi de US$ 65,02 bilhões nos últimos doze meses.

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Inflação por faixa de renda – Abril/2023

Por Maria Andréia P. Lameiras

​De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, em abril, à exceção do segmento de renda muito baixa, todas as demais classes mostraram desaceleração da inflação, na comparação com o mês anterior. Nota-se, no entanto, que em termos absolutos, a maior alta inflacionária, em abril, foi verificada no segmento de renda alta, com taxa de 0,68%. Para as demais faixas de renda, as taxas de inflação apuradas, em abril, ficaram em patamares muito próximos, em torno de 0,60%.

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No acumulado do ano, até abril, a classe de renda muito baixa é a que aponta a menor taxa de inflação (2,31%), enquanto a mais elevada é registrada no estrato de renda alta (3,0%). Já no acumulado em doze meses, os dados mostram nova desaceleração da inflação, em todos os segmentos de renda pesquisados, sendo que a menor taxa apurada está na faixa de renda média-baixa (3,91%), ao passo que a maior está na classe de renda alta (6,1%). Para as famílias com renda muito baixa, a alta da inflação nos últimos doze meses, encerrados em abril, é de 4,13%.​

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Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em abril de 2023

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o mês de abril de 2023 apresentou um superávit primário de R$ 15,9 bilhões nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 170 bilhões nesse mês, decréscimo em termos reais de 1,8%, comparativamente a o mesmo mês do ano anterior, ao passo que a despesa totalizou R$ 154,2 bilhões, acréscimo de 7,8% na mesma base de comparação. No acumulado do ano até abril, o superávit primário está em R$ 48,4 bilhões esse mês, ante o superávit de R$ 84,7 bilhões no mesmo período de 2022.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

O saldo total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), medido em relação ao produto interno bruto (PIB), foi de 52,9% na leitura de março de 2023. Em valores reais, o crédito livre apresentou, em março, aumento de 0,1% em relação ao mês anterior, queda de 2,5% em relação a dezembro de 2022 e aumento de 5,6% em relação a março de 2022. Em igual comparação, a carteira de crédito direcionado variou -0,1%, -0,2% e +9,1%, respectivamente. Há retração nas concessões tanto no crédito livre quanto no crédito direcionado. Comparando por meio de médias trimestrais consecutivas, o crédito livre caiu 5,0% entre a média de outubro de 2022 até dezembro de 2022 e a média de janeiro de 2023 até março de 2023 e o crédito direcionado caiu 0,8% em igual comparação.

O fato é que as condições do mercado de crédito continuam apertadas. Apesar da estabilidade recente, as taxas de juros e o comprometimento de renda estão em níveis elevados. A inadimplência igualmente limita o crescimento do mercado de crédito e das concessões, em particular. A partir do momento em que as condições macroeconômicas permitirem uma redução das taxas básicas de juros pelo Banco Central do Brasil (BCB), esperamos que as taxas de juros do mercado de crédito sejam reduzidas de forma mais consistente, em especial no segmento de recursos livres. Desta forma, apesar das dificuldades no curto prazo, o mercado de crédito pode se beneficiar deste fator já em 2023 e, principalmente, em 2024.

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Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) – março de 2023

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou taxa de variação de 0,10% em março de 2023, situando-se 0,35 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2022, a variação também foi 0,35 p.p. menor. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula variação de 6,42% nos últimos doze meses.

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ICTI – Série Completa – março de 2023 (xlsx)



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Comércio exterior do agronegócio: março de 2023

Por Ana Cecília Kreter, Diego Ferreira, Guilherme Bastos Filho e Jose Ronaldo Souza Jr.

Março é um mês usualmente marcado pelo início de alta nas exportações do agronegócio brasileiro, explicada em parte pelo avanço das colheitas dos grãos – no caso atual, da safra 2022-2023. Além da questão sazonal, o setor registrou significativo crescimento do valor exportado ante mesmo mês do ano passado, com alta de 10,6%, totalizando US$ 15,97 bilhões. As importações do agronegócio fecharam o mês com US$ 1,58 bilhão, também com alta em comparação ao mesmo mês do ano anterior (12,1%). No que tange aos demais setores da economia, o valor exportado em março atingiu patamar superior ao observado no mesmo período em 2022 – US$ 17,08 bilhões, ou alta de 13,9% –, crescimento claramente superior às suas importações, que alcançaram a marca de US$ 20,52 bilhões – 0,6% a mais que março do ano passado.

Em termos de saldo da balança comercial, o déficit dos demais setores da economia brasileira (US$ 3,44 bilhões) em março foi compensado pelo resultado positivo do agronegócio, que apresentou superávit de US$ 14,38 bilhões. Isso contribuiu para o saldo total da balança comercial de março, que foi de US$ 10,94 bilhões ante os US$ 7,61 bilhões registrados no mesmo mês de 2022. Além de representar um aumento de 43,8% ante março do ano anterior, esse resultado apresentou crescimento de 286,2% no comparativo com fevereiro de 2023, o que sinaliza o início do período de alta nas exportações para o agronegócio brasileiro.

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Inflação por faixa de renda – Março/2023

Por Maria Andréia P. Lameiras

Em março de 2023, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que, na comparação com o mês anterior, houve uma desaceleração da taxa de inflação para todas as classes de renda pesquisadas. De acordo com o indicador, a maior alta inflacionária, em março, foi observada na faixa de renda média-alta (0,81%), enquanto a menor foi registrada na faixa de renda muito baixa (0,53%). Já no acumulado em doze meses, as famílias de renda média-baixa são as que apresentam a menor taxa de inflação (4,38%), ao passo que o segmento de renda alta é o que aponta a taxa mais elevada no período (6,44%). No caso das famílias com renda muito baixa, a alta da inflação nos últimos doze meses, encerrados em março, é de 4,60%.

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Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em março de 2023

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o mês de março de 2023 apresentou um déficit primário de R$ 289 milhões nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 152,1 bilhões nesse mês, acréscimo em termos reais de 3,4%, comparativamente a março de 2022, ao passo que a despesa totalizou R$ 152,4 bilhões, decréscimo de 1% na mesma base de comparação. No acumulado do ano até março, o superávit primário está em R$ 38,4 bilhões esse mês, ante o superávit de R$ 54,1 bilhões no mesmo período de 2022.

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