Arquivos da categoria: Moeda e Crédito

Boletim de expectativas – Maio de 2023

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas aborda projeções para o IPCA e para variáveis fiscais coletadas principalmente pela pesquisa Focus do Banco Central do Brasil (BCB). No caso da inflação, analisa-se o porquê da elevação da taxa acumulada em doze meses esperada para o período de julho a setembro e são também exploradas as projeções pela segmentação dos preços entre administrados e livres. Na parte fiscal, é ilustrada a evolução das expectativas para diversas variáveis cotejada com fatos relevantes, como emendas constitucionais recentes que aumentaram despesas e o novo arcabouço fiscal.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

O saldo total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), medido em relação ao produto interno bruto (PIB), foi de 52,9% na leitura de março de 2023. Em valores reais, o crédito livre apresentou, em março, aumento de 0,1% em relação ao mês anterior, queda de 2,5% em relação a dezembro de 2022 e aumento de 5,6% em relação a março de 2022. Em igual comparação, a carteira de crédito direcionado variou -0,1%, -0,2% e +9,1%, respectivamente. Há retração nas concessões tanto no crédito livre quanto no crédito direcionado. Comparando por meio de médias trimestrais consecutivas, o crédito livre caiu 5,0% entre a média de outubro de 2022 até dezembro de 2022 e a média de janeiro de 2023 até março de 2023 e o crédito direcionado caiu 0,8% em igual comparação.

O fato é que as condições do mercado de crédito continuam apertadas. Apesar da estabilidade recente, as taxas de juros e o comprometimento de renda estão em níveis elevados. A inadimplência igualmente limita o crescimento do mercado de crédito e das concessões, em particular. A partir do momento em que as condições macroeconômicas permitirem uma redução das taxas básicas de juros pelo Banco Central do Brasil (BCB), esperamos que as taxas de juros do mercado de crédito sejam reduzidas de forma mais consistente, em especial no segmento de recursos livres. Desta forma, apesar das dificuldades no curto prazo, o mercado de crédito pode se beneficiar deste fator já em 2023 e, principalmente, em 2024.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

O saldo total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), medido em relação ao produto interno bruto (PIB), foi de 54,2% na leitura de dezembro de 2022. Em valores reais, o saldo do crédito livre apresentou, em dezembro, aumentos de 1,1% em relação a setembro de 2022 e de 7,5% em relação a dezembro de 2021. Em igual comparação, o saldo da carteira de crédito direcionado cresceu 2,4% e 8,0%, respectivamente.

Houve expansão nas concessões tanto no crédito livre para pessoa física (PF) quanto no direcionado para pessoa jurídica (PJ) e retração no crédito livre para PJ e no direcionado para PF. O crédito direcionado para PJ cresceu 11,1% entre a média de julho de 2022 até setembro de 2022 e a média de outubro de 2022 até dezembro de 2022. Em igual comparação, o crédito livre para PF cresceu 4%, enquanto o crédito direcionado para PF e o crédito livre para PJ caíram por volta de 4%.

De fato, as condições do mercado de crédito continuam apertadas. De um lado, temos o comprometimento de renda em níveis elevados e uma alta persistente dos níveis de inadimplência em recursos livres. Do outro lado, o processo de alta de juros parece ter atingido o seu limite e algumas modalidades já apresentam estabilidade ou queda na margem. Por conseguinte, as concessões para crédito livre não apresentam crescimento sustentável, demonstrando grande volatilidade.

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Boletim de expectativas- Fevereiro de 2023

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de expectativas destaca as projeções para o PIB e seus componentes, pelo lado da oferta e da demanda, coletadas de diversas fontes. A expectativa para o PIB de 2023, conforme coletada pelo BCB em seu Sistema Expectativas de Mercado elevou-se de 0,5% no meio do ano passado para 0,8%, na divulgação mais recente. Divulgada em 16 de dezembro de 2022, a projeção do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea é de 1,4%. O FMI revisou para cima sua previsão, agora de 1,2%, segundo o World Economic Outlook de janeiro.  Na abertura das projeções para o PIB pelo lado da oferta, chama a atenção, no Focus, a evolução da previsão para 2023 da Agropecuária, que, em meados de 2022 estava em 2,5% e, agora, alcança 6,5%. O Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea também previa 2,5% na divulgação de junho de 2022, mas, em setembro, elevou o crescimento esperado para 10,9%, revendo-o, em dezembro, para 11,6%. No seu relatório trimestral de inflação, o BCB previu, para o PIB da agropecuária de 2023, 7,0% na edição de dezembro. A participação da agropecuária no PIB subiu recentemente: nos dez anos terminados em 2019, foi, em média, de 4,4%, com pouca variação, mas subiu a partir de 2020, alcançando 7,5% em 2021 e 7,6% nos três primeiros trimestres de 2022.

Pelo lado da demanda, o maior componente do PIB é o consumo das famílias que, em 2021, correspondeu a 61% do total. Sua taxa de crescimento esperada de acordo com a mediana do Focus para 2023 passou de 0,5% no começo de julho de 2022 para 0,9% na coleta mais recente. A previsão do Ipea está em 1%, a do BCB em 1,2% e a mediana da Bloomberg, em 1,3%.

Para 2024, a coleta do BCB apontava para 1,7% na maior parte do segundo semestre do ano passado, mas, a partir de dezembro, começou a cair e está, atualmente, em 1,5%.

Gráficos 1 e 2

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Boletim de expectativas- Dezembro de 2022

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas aborda as variáveis fiscais coletadas pela pesquisa Focus do Banco Central – e outras – ilustrando sua evolução cotejada com fatos relevantes, como emendas constitucionais recentes que aumentaram gastos. O resultado primário e a dívida pública projetados pioraram recentemente.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

O saldo total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), medido em relação ao produto interno bruto (PIB), foi de 55% na leitura de setembro de 2022. Em relação a setembro de 2021, este indicador acumula alta de 2 pontos percentuais (p.p.), mostrando tendência moderada de crescimento com leves oscilações. Em termos do saldo real, o crédito livre apresentou, em setembro, aumento de 11,1% em relação ao mesmo mês de 2021. Em igual comparação, a carteira de crédito direcionado, cuja variação voltou a ficar positiva somente no início de 2022, cresceu 5,9%. O saldo real da carteira de pessoa física (PF) subiu 12,2%, superior ao crescimento de 4,5% da carteira de pessoa jurídica (PJ).

No período recente, observamos que as condições do mercado de crédito continuam apertadas. De um lado, temos o comprometimento de renda em níveis elevados e a alta persistente dos níveis de inadimplência em recursos livres. Por conseguinte, as concessões para crédito livre apresentam queda moderada nas comparações trimestrais tanto no agregado quanto em modalidades relevantes. De outro lado, o processo de alta de juros parece ter atingido o seu limite e algumas modalidades já apresentam estabilidade ou queda do custo do crédito na margem. Com a expectativa de queda na taxa básica em 2023, o mercado de crédito pode se beneficiar desse fator no ano que vem, contrabalançando o efeito limitador da inadimplência, que merece atenção. Espera-se também que as medidas regulatórias em curso, relacionadas ao fortalecimento das garantias e securitização, comecem a surtir efeito.

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Boletim de expectativas- Julho de 2022

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim apresenta uma compilação de expectativas de mercado para diversas variáveis econômicas. Neste número, exploramos as diferenças nas projeções para diversas variáveis coletadas e divulgadas pelo Banco Central em duas datas: 29 de abril, a última divulgação antes da interrupção das publicações, e 8 de julho, data de referência da primeira divulgação após a retomada da disponibilização ao público dos resultados das coletas. Houve melhora no PIB de 2022 e queda no de 2023; a inflação de 2022 ficou aproximadamente estável e a de 2023 subiu; a Selic esperada também subiu, de 2022 a 2024, refletindo a expectativa de um aperto monetário mais duradouro; a taxa de câmbio esperada para o fim de 2022 e dos dois anos seguintes subiu um pouco (mas espera-se que a taxa de câmbio esteja, no fim de 2024, abaixo dos níveis do fim de 2022 e 2023); os resultados fiscais – primário, nominal e dívida – melhoraram; o saldo da balança comercial subiu; as previsões para déficit em conta corrente e investimento direto no país (IDP), no balanço de pagamentos, não se alteraram muito e, portanto, nem as proporções entre eles: o IDP quatro vezes maior do que o déficit em 2022 e aproximadamente o dobro em 2023 e 2024.

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Desempenho recente do mercado de crédito

Por Francisco E. de Luna A. Santos

Os saldos para PF e recursos livres mostram crescimento próximo de 10% em termos reais nos últimos doze meses, e estagnação dos segmentos de pessoa jurídica (PJ) e da categoria recursos direcionados. Em contrapartida, olhando as novas concessões, observamos queda maior no segmento de PF, em especial as concessões para crédito consignado total e no crédito pessoal total.

A análise dos últimos dados mostra que não houve aumento relevante no comprometimento de renda e nas taxas de juros, ainda que ambos permaneçam em níveis altos, e discreto aumento na inadimplência para pessoas físicas (PFs).

Tais observações não alteram a análise prospectiva do mercado de crédito para 2022, em que esperamos um crescimento limitado no ano com oscilações em alguns períodos. No entanto, medidas regulatórias em curso, relacionadas ao fortalecimento das garantias e à securitização, fornecem suporte importante para o crescimento estrutural e sustentável do mercado de crédito.

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Medidas recentes para redução de imperfeições do mercado de crédito brasileiro: visão geral e considerações sobre impactos potenciais

Por Marco A.F.H. Cavalcanti E Francisco E. de Luna A. Santos

Apesar dos avanços obtidos nas últimas duas décadas, o mercado de crédito no país ainda se caracteriza por imperfeições e fricções que dificultam o acesso de empresas e famílias ao financiamento de atividades de produção, investimento e consumo. Em particular, a oferta desigual de crédito é um importante desafio para a política econômica, decorrente de razões estruturais relacionadas à assimetria de informações e questões regulatórias que inibem o avanço do crédito para certos grupos. Um caso emblemático é a dificuldade de os pequenos empreendedores o obterem, apesar de serem potenciais geradores de renda e emprego.

Nesse contexto, os anos recentes têm visto uma série de medidas governamentais e propostas legislativas que visam justamente superar alguns desses problemas, por meio da atenuação dos impactos causados pela assimetria de informação inerente aos mercados de crédito. Entre essas medidas, destacamos o Projeto de Lei no 4.188/2021, que trata do Novo Marco de Garantias, a Medida Provisória no 1.085/2021, referente ao Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (SERP), e as Medidas Provisórias no 1.103, Novo Marco de Securitização, no 1.104, assinatura eletrônica na emissão da Cédula de Produto Rural (CPR) e Fundo Garantidor Solidário (FGS), no 1107, o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital (SIM Digital), e no 1.114, Fundo Garantidor de Habitação Popular e participação da União em fundos garantidores de risco de crédito para micro, pequenas e médias empresas – todas de 2022.

O objetivo desta Nota é resumir os principais pontos dessas propostas legislativas mais recentes e discutir brevemente, com base na literatura teórica e empírica, alguns de seus impactos potenciais sobre o mercado de crédito e sobre a economia brasileira em geral.

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Boletim de expectativas – Abril de 2022

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim apresenta uma compilação de expectativas de mercado para diversas variáveis econômicas, coletadas de diferentes fontes. Neste número, aborda-se a questão de se a inversão em alguns trechos da curva de juros nos Estados Unidos sinaliza recessão e pode levar o Fed a reduzir o aperto monetário esperado: a conclusão, com base em estudo do próprio Fed, é que não. Em seguida, é mostrada a evolução do juros reais ex-ante no Brasil em 2022, que têm ficado relativamente estáveis em meio à elevação dos juros nominais e da inflação. Por fim, apresenta-se um quadro com projeções anuais medianas de mercado para algumas variáveis macroeconômicas brasileiras: de 2022 a 2024, espera-se paulatino aumento da taxa de crescimento do PIB, redução da inflação ao consumidor, da Selic, da taxa de câmbio e do déficit nominal do setor público, ao lado de estabilidade no déficit em transações correntes do balanço de pagamentos.

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