Arquivos da categoria: Atividade Econômica

Indicador Ipea Mensal de FBCF – resultado de fevereiro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil, e em outros ativos fixos, aponta uma queda de 1,7% na comparação entre fevereiro e janeiro na série com ajuste sazonal. Este resultado representou o quarto recuo consecutivo na margem. Com isso, o trimestre móvel encerrado em fevereiro registrou um decréscimo de 6,9%.

Nas comparações com os mesmos períodos de 2022, o indicador mensal apresentou uma baixa de 5,8% e o trimestre móvel caiu 3,1%. No acumulado em doze meses, os investimentos totais apresentaram um crescimento de 0,3% em fevereiro. Assim, o indicador continua 14,3% abaixo do máximo atingido na série (em abril de 2013).

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos medidos segundo o consumo aparente de máquinas e equipamentos, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações apresentaram uma queda de 3,4% em fevereiro, encerrando o trimestre móvel com uma baixa de 9,7%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente de (ou, a demanda interna por) máquinas e equipamentos registrou uma retração de 5,9%.

Os investimentos em construção civil, por seu turno, avançaram em fevereiro, na série dessazonalizada, registrando uma alta de 2,4%. Com este resultado, que interrompeu três quedas consecutivas na margem, o segmento registrou uma perda de 2% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, a expansão foi de 5,1%. Já o segmento outros ativos fixos avançou 2,8% na margem em fevereiro, permanecendo estável na comparação em médias móveis.

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Dados indicador



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Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais – Fevereiro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais, uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações –, registrou uma alta de 2,6% na comparação entre fevereiro e janeiro na série com ajuste sazonal. O indicador foi puxado pela produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais), que cresceu 2,8%, nessa base de comparação. Já as importações de bens industriais registraram pequeno avanço de 0,1%, conforme mostra a tabela.

Esse desempenho positivo não foi suficiente para alterar o cenário de queda do indicador no trimestre móvel encerrado em fevereiro, que recuou 1,2% na margem. O mesmo ocorre na comparação interanual: recuo de 2,4% do indicador mensal contra fevereiro do ano passado e também no trimestre móvel em relação ao verificado no mesmo período de 2022. No acumulado em doze meses, a demanda industrial registrou baixa de 0,4%. Esse cenário ainda desafiador para o setor industrial é também captado na queda de 0,2% no acumulado em doze meses da produção industrial mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico.

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Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais – Janeiro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações – registrou uma queda de 4,6% na comparação entre janeiro e dezembro na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel encerrado em janeiro de 2023 recuou 3,4% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) caiu 3,1% em janeiro, as importações de bens industriais cederam 11,5%, conforme mostra a tabela 1.

Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 3,6% contra janeiro do ano passado. Com isso, o trimestre móvel apresentou uma queda de 2,9% em relação ao verificado no mesmo período de 2022. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda registrou baixa de 0,7%, enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), recuou 0,2%, como visto no gráfico 1. Na mesma base de comparação, as importações de bens industriais acumularam um crescimento de 3,1%.

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Visão Geral da Conjuntura

Por Estêvão Kopschitz X. Bastos, Leonardo Mello de Carvalho, Maria Andréia P. Lameiras e Francisco E. de Luna A. Santos

As perspectivas de crescimento de importantes economias no mundo melhoraram no primeiro trimestre de 2023, em relação ao que se esperava no fim do ano passado. Uma nova fonte de atenção, porém, surgiu com a quebra de bancos regionais nos Estados Unidos, seguida de dificuldades em bancos europeus. No entanto, o problema tem sido contornado e não impediu os bancos centrais de Estados Unidos e Europa de continuar aumentando suas taxas básicas de juros.

No Brasil, desde o último trimestre do ano passado, o comportamento dos indicadores setoriais indica desaceleração bastante disseminada da atividade econômica, e este quadro se manteve nos primeiros meses de 2023. O mercado de trabalho vem mostrando sinais de arrefecimento, caracterizado por leve aceleração da taxa de desocupação, refletindo a perda de dinamismo da população ocupada. Em contrapartida, o aumento dos rendimentos médios tem possibilitado o crescimento da massa salarial.

Os dados mais recentes mostram que o processo de desinflação da economia brasileira vem se consolidando nos últimos meses, embora tanto os índices de preços ao consumidor quanto as médias dos núcleos de inflação ainda se encontrem em patamares relativamente elevados. No front fiscal, após as contas públicas fecharem 2022 com números bastante positivos, a expectativa para o ano corrente é de redução do resultado primário do setor público consolidado.

Esperamos que, no primeiro trimestre de 2023, o PIB brasileiro avance 1,2% na comparação, com ajuste sazonal, com o último trimestre de 2022, e tenha alta de 2,7% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Para o acumulado em 2023, o cenário considera que a economia se recupera progressivamente ao longo do ano, registrando crescimento de 1,4%. Apontamos, ainda, para uma expansão do PIB de 2,0% em 2024.

As projeções do Grupo de Conjuntura do Ipea para o IPCA indicam que a inflação acumulada em 2023 deve manter-se no nível atual, encerrando o ano em 5,6%. Nota-se, entretanto, que, na comparação com a estimativa anterior (4,9%), divulgada em dezembro de 2022, houve revisão para cima, decorrente do desempenho menos favorável dos preços administrados e dos serviços. De modo similar, a projeção para o INPC para 2023 também foi revista, passando de 4,6% para 5,5%.

Tabela 5(1)

Tabela 8

Tabela 7

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Indicadores mensais de indústria, comércio e serviços

Por Leonardo Mello de Carvalho

O recuo de 0,2% do PIB na passagem entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado confirmou o cenário de arrefecimento do ritmo de expansão da atividade econômica, conforme já antecipado pelo desempenho dos indicadores setoriais com periodicidade mensal. De um modo geral, após os efeitos mais severos provocados pela crise sanitária da covid-19, as principais restrições ao crescimento da economia brasileira, antes associadas à oferta, vem se deslocando para a demanda. Na virada do ano, embora uma parte dos resultados verificados nos primeiros meses de 2023 indique a manutenção deste quadro, alguns fatores podem torná-lo menos pessimista. Com base nos últimos resultados disponíveis, a previsão da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Dimac/Ipea) é que o Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), indicador que busca retratar o nível geral da atividade econômica brasileira em base mensal, permaneça praticamente estável na margem, com pequeno avanço de 0,1% ante o mês de dezembro. Com isso, o efeito de carry-over em relação ao resultado do primeiro trimestre de 2023 ficaria em 0,2%.

Tabela 2

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Projeção do valor adicionado do setor agropecuário para 2023

Por Pedro M. Garcia e José Ronaldo de C. Souza Jr. 

Depois de uma queda da atividade econômica da agropecuária em 2022, o setor deve apresentar elevado crescimento neste ano. Esta Nota analisa o desempenho do setor agropecuário em 2022, em termos do valor adicionado (VA), e revisa a nossa previsão para o setor em 2023, com base nas novas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e nas Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais (PTA), do Leite e da Produção de Ovos de Galinha – todas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão de crescimento de 11,6% do VA agropecuário em 2023, conforme divulgado na Nota de Conjuntura no 26 da Carta de Conjuntura no 57,1 foi mantida, embora tenha havido alterações na composição do crescimento por produtos.

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Desempenho do PIB no quarto trimestre de 2022

Por Leonardo Mello de Carvalho e Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

O PIB recuou 0,2% no quarto trimestre de 2022, na comparação com o período anterior, já livre de efeitos sazonais, e 1,9% na comparação interanual, de acordo com o IBGE (gráfico 1). Com isso, o PIB encerrou 2022 com um crescimento acumulado de 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões em valores correntes. Já o PIB per capita, por sua vez, chegou a R$ 46.155,00 em 2022, o que representou um aumento real de 2,2% sobre o resultado do ano anterior. Entre os componentes pelo lado da produção, o setor de serviços exerceu a maior contribuição positiva, sendo responsável por 2,4 p.p. do crescimento acumulado no ano. Já pela ótica da despesa, a maior contribuição veio do consumo das famílias, que adicionou 2,6 p.p. ao resultado. Em relação ao último trimestre de 2019, período imediatamente anterior ao início da crise causada pela pandemia de covid-19, o PIB encontra-se em patamar 4,1% superior. O recuo de 0,2% no quarto trimestre interrompeu uma sequência de cinco variações positivas na margem, e reflete a perda de fôlego observada em grande parte dos indicadores de atividade econômica ao longo dos últimos três meses de 2022. Além do fechamento no hiato das atividades mais afetadas pela crise sanitária, como o setor de serviços, provavelmente os efeitos da política monetária contracionista têm resultado em restrições na demanda interna. Com o resultado do quarto trimestre, o carry-over para 2023 ficou em 0,2% – ou seja, caso permaneça estagnado ao longo dos próximos quatro trimestres, o PIB fechará o ano com alta de 0,2%.

Gráficos 2 e 6

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Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais – Dezembro de 2022

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações – registrou uma alta de 3,5% na comparação entre dezembro e novembro na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o quarto trimestre de 2022 recuou 1,7% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) cresceu 2,8% em dezembro, as importações de bens industriais avançaram 7,4%, conforme mostra a tabela 1.

Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 0,5% contra dezembro do ano passado. Com isso, o quarto trimestre apresentou uma queda de igual taxa em relação ao verificado no mesmo período de 2021. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda encerrou 2022 com decréscimo de 0,8%, enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou recuo 0,7%, como visto no gráfico 1. Na mesma base de comparação, as importações de bens de industriais acumularam um crescimento de 3,7% no ano.

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Dados Consumo XLS



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Boletim de expectativas- Fevereiro de 2023

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de expectativas destaca as projeções para o PIB e seus componentes, pelo lado da oferta e da demanda, coletadas de diversas fontes. A expectativa para o PIB de 2023, conforme coletada pelo BCB em seu Sistema Expectativas de Mercado elevou-se de 0,5% no meio do ano passado para 0,8%, na divulgação mais recente. Divulgada em 16 de dezembro de 2022, a projeção do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea é de 1,4%. O FMI revisou para cima sua previsão, agora de 1,2%, segundo o World Economic Outlook de janeiro.  Na abertura das projeções para o PIB pelo lado da oferta, chama a atenção, no Focus, a evolução da previsão para 2023 da Agropecuária, que, em meados de 2022 estava em 2,5% e, agora, alcança 6,5%. O Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea também previa 2,5% na divulgação de junho de 2022, mas, em setembro, elevou o crescimento esperado para 10,9%, revendo-o, em dezembro, para 11,6%. No seu relatório trimestral de inflação, o BCB previu, para o PIB da agropecuária de 2023, 7,0% na edição de dezembro. A participação da agropecuária no PIB subiu recentemente: nos dez anos terminados em 2019, foi, em média, de 4,4%, com pouca variação, mas subiu a partir de 2020, alcançando 7,5% em 2021 e 7,6% nos três primeiros trimestres de 2022.

Pelo lado da demanda, o maior componente do PIB é o consumo das famílias que, em 2021, correspondeu a 61% do total. Sua taxa de crescimento esperada de acordo com a mediana do Focus para 2023 passou de 0,5% no começo de julho de 2022 para 0,9% na coleta mais recente. A previsão do Ipea está em 1%, a do BCB em 1,2% e a mediana da Bloomberg, em 1,3%.

Para 2024, a coleta do BCB apontava para 1,7% na maior parte do segundo semestre do ano passado, mas, a partir de dezembro, começou a cair e está, atualmente, em 1,5%.

Gráficos 1 e 2

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Indicador Ipea Mensal de FBCF – resultado de novembro de 2022

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta uma queda de 2,1% na comparação entre novembro e outubro na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre móvel encerrado em novembro registrou um acréscimo de 0,7%. Esta foi a sétima variação positiva nessa base de comparação, embora represente desaceleração em relação ao período anterior (1,7%). Nas comparações com os mesmos períodos de 2021, enquanto novembro apresentou uma alta de 4,5%, o trimestre móvel aumentou 5,6%. No acumulado em doze meses, os investimentos totais apresentaram um crescimento nulo em novembro.

Na comparação com ajuste sazonal, o consumo aparente de máquinas e equipamentos – que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentou uma queda de 3,6% em novembro, encerrando o trimestre móvel com uma alta de 0,6%. De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos avançou 0,2% em novembro, a importação cedeu 7,6% no mesmo período. Ainda assim, as importações cresceram 20,8% no trimestre móvel. A produção nacional, por sua vez, encerrou o período com uma queda de 8,1%. No acumulado em doze meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos registrou uma queda de 6,8%.

Os investimentos em construção civil, por seu turno, também recuaram em novembro, na série dessazonalizada, registrando uma queda de 1,9%. Com isso, o segmento registrou uma perda de 2,7% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, a expansão foi de 5,2%.

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Dados indicador



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