Arquivo da tag: Importações

Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – julho de 2024

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 4,0% na comparação entre julho e junho na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão dos recuos de 2,9% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e de 13,4% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela 1.

A queda em julho devolveu parte do forte avanço registrado no período anterior na série dessazonalizada. Com isso, o trimestre móvel encerrado neste mês cresceu 2,8% na margem. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal subiu 10,0% em relação a julho de 2023, o indicador em médias móveis trimestrais aumentou 6,3%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou alta de 2,1%, aproximando-se da elevação de 2,2% apontada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico 1.

240920_cc_64_nota_19_tabela

240920_cc_64_nota_19_grafico

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Balança comercial, balanço de pagamentos e câmbio

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

A análise dos dados recentes da balança comercial mostra redução do saldo, causada tanto por queda nas exportações quanto por aumento nas importações, mas principalmente pelo último. Os termos de troca, relevantes para o nível de atividade, que cresceram em 2023, têm oscilado em 2024, mas a média dos primeiros oito meses deste ano é 5,6% superior à do mesmo período do ano passado.

No balanço de pagamentos, o déficit em transações correntes nos primeiros sete meses deste ano foi maior em US$ 13 bilhões do que no mesmo período do ano passado, aproximadamente dobrando de valor – em percentual do PIB, passou de 1% para 2%. Uma reclassificação dos criptoativos eliminou uma das fontes de diferenças entre a balança comercial do Banco Central e a da Secretaria de Comércio Exterior.

O real passou por significativa desvalorização em junho e em julho, apesar de o dólar não ter se valorizado em relação a outras modas conversíveis e do diferencial de juros ter se alterado em favor do real. O aumento do risco-país medido pelo CDS, este compatível com a perda de valor da moeda, ocorreu ainda em outros países latino-americanos, que também viram suas moedas sofrerem consideráveis desvalorizações.

240916_cc_64_nota_16_setor_externo_graficos_6_e_9

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Balanço de pagamentos, balança comercial e câmbio

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos e Caio Rodrigues Gomes Leite

O déficit em transações correntes em 2023 foi significativamente menor do que em 2022, principalmente devido à balança comercial. O déficit na balança de serviços ficou aproximadamente estável. O déficit na conta de rendas primárias (salários, lucros, dividendos e juros) aumentou significativamente. O investimento direto no país reduziu-se.

No primeiro trimestre de 2024, o déficit em transações correntes acumulado em quatro trimestres foi de 1,5% do PIB, um pouco maior do que no quarto trimestre de 2023. De acordo com os dados da Secex, do MDIC, o saldo da balança comercial no primeiro trimestre de 2024 foi consideravelmente maior do que no primeiro trimestre de 2023. Os termos de troca, no primeiro trimestre de 2024, estiveram 8,1% acima do primeiro trimestre do ano passado. A taxa de câmbio nominal real/dólar passou por desvalorização significativa em abril de 2024, em parte refletindo a valorização internacional do dólar, mas superando-a.

240515_cc_63_nota_11_setor_externo_graficos_1_16

Nas perspectivas, são apresentadas previsões para contas do balanço de pagamentos, em 2024, de três fontes. A taxa de câmbio nominal, de acordo com a Focus, deve ficar virtualmente estável nos próximos anos, até 2028. São ainda apresentadas projeções de crescimento de importantes parceiros comerciais, como Estados Unidos e China, e para o volume de importações mundiais.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Modelos vetoriais de correção de erros trimestrais para os componentes da demanda agregada, para as importações e para a carga tributária bruta

Por Cláudio Hamilton Matos dos Santos

Este texto tem como objetivo apresentar modelos vetoriais de correção de erros (vector
error correction models – VECMs) para as importações, para a carga tributária
bruta e para os componentes da demanda agregada reportados nas contas nacionais
trimestrais (CNTs) brasileiras, com a finalidade de produzir cenários de até quatro
trimestres à frente para as referidas variáveis. Espera-se que alguns desses modelos
possam se mostrar, ao longo do tempo, suficientemente úteis para serem incorporados
à suíte de modelos macroeconômicos ora sendo estimados na Dimac/Ipea e/
ou que contribuam para refinar esforços de modelagem posteriores, provavelmente
envolvendo não linearidades.

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Comércio exterior do agronegócio: abril de 2022

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio exportou US$ 14,9 bilhões em abril, o que contribuiu para um superávit de US$ 13,6 bilhões no saldo da balança comercial do setor, crescimento de 15,2% diante de abril de 2021. Em contrapartida, os demais bens – todos os produtos comercializados, exceto os produtos do agronegócio – fecharam abril com déficit de US$ 5,5 bilhões, US$ 3,7 bilhões a mais que no mesmo período do ano anterior. Ainda assim, o resultado total da balança comercial, que considera os produtos de todos os setores, encerrou abril com superávit de US$ 8,1 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve um crescimento em valor exportado de 14,9%. Este resultado segue uma tendência de alta observada desde fevereiro de 2021, que teve seu pico nos primeiros meses deste ano – período de entressafra e típico de baixas importações para o Brasil.

O resultado da balança comercial do agronegócio no acumulado do ano (de janeiro a abril) foi bastante expressivo, com superávit de US$ 43,7 bilhões, com as exportações apresentando alta de 34,9% e as importações registrando estabilidade, diante de igual período de 2021. Com esse resultado, o agronegócio foi um dos setores que mais contribuíram para o crescimento de 24,1% no total das exportações nestes primeiros meses do ano. O saldo da balança comercial total, que é a soma de todos os setores da economia, apresentou superávit de US$ 20,2 bilhões, diante dos US$ 18,1 bilhões em 2021, crescimento de 11,8% até agora.

220516_cc_55_nota_18_ifr_maio_22_graficos_01_e_02

220516_cc_55_nota_18_ifr_maio_22_tabela_01

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Comércio exterior do agronegócio: novembro de 2021

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre e José Ronaldo de C. Souza Júnior

A balança comercial do agronegócio apresentou um superavit de US$ 6,9 bilhões em novembro, enquanto a balança comercial total – com produtos de todos os setores – mostrou um deficit de US$ 1,3 bilhão (tabela 1). As exportações do agronegócio somaram US$ 8,4 bilhões no mês – um crescimento de 6,8% se comparado com o mesmo período do ano anterior (tabela 1). As importações do setor segui- ram a mesma tendência, crescendo 10,5% frente a novembro de 2020, atingindo US$ 1,45 bilhão no mês. No acumulado do ano, o saldo da balança comercial do setor acumula um resultado positivo de US$ 96,6 bilhões, isto é, US$ 14,8 bilhões acima do acumulado no mesmo período do ano passado (tabela 2). Os demais setores da economia, por sua vez, acumularam um deficit de US$ 39,5 bilhões no ano até novembro.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------