Arquivo da tag: Produção Industrial

Impactos das indústrias extrativas no PIB do segundo trimestre e do ano de 2019

Por José Ronaldo de C. Souza Júnior, Leonardo Mello de Carvalho e Felipe Moraes Cornelio

Nesta nota, primeiramente, é feita uma síntese dos principais fatores que afetaram a produção das indústrias extrativas no primeiro semestre deste ano e que devem influenciar a produção do segundo semestre – analisando separadamente os segmentos de petróleo e gás e de mineração com base nos relatórios de produção e vendas das principais empresas brasileiras do setor. Na sequência, é feita uma análise dos impactos dessas questões no produto interno bruto (PIB) do segundo trimestre e do ano de 2019. A previsão é que o PIB das indústrias extrativas recue 18,8% na comparação com o segundo trimestre de 2018, sendo responsável por uma redução de 2,6 ponto percentual (p.p.) na taxa de crescimento do PIB da indústria e de 0,5 p.p. na taxa de crescimento do PIB total no mesmo período. A recuperação da produção dos dois segmentos principais no segundo semestre deve atenuar a perda de valor adicionado no ano e, com isso, o PIB do segmento das indústrias extrativas deve fechar 2019 com queda aproximada de 9,5%. Esse resultado retiraria 1,3 p.p. do PIB da indústria e 0,2 p.p. do PIB total em 2019.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade econômica: Indicadores mensais

Por Leonardo Mello de Carvalho

Após a queda de 0,2% registrada pelo produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2019, o desempenho recente dos indicadores mensais de atividade econômica segue apontando para um cenário de baixo crescimento. Pela ótica da oferta, a indústria vem sendo afetada negativamente pelo desastre na barragem de Brumadinho, ocorrido no final de janeiro. A demanda interna por bens industriais, por sua vez, segue com desempenho ainda pior – no primeiro quadrimestre de 2019, ficou abaixo da produção industrial. Em contrapartida, segundo o Indicador Ipea mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), os investimentos cresceram 0,5% no início do segundo trimestre, impulsionados pela produção interna de máquinas e equipamentos e pela construção civil. Em relação ao mês de maio, com as informações disponíveis até o momento, a Dimac/ Ipea estima que a produção industrial tenha recuado 0,4% na margem, enquanto as vendas no comércio e o volume de serviços teriam avançado 1% e 0,7% ante o mês de abril, respectivamente. Com isso, o PIB mensal (Monitor do PIB, da FGV) registraria crescimento de 0,3% na margem. Em relação às perspectivas para os próximos meses, o balanço de riscos associado ao desempenho da atividade econômica continua sugerindo um ritmo de crescimento modesto, embora seja possível alguma aceleração da sua trajetória ao longo do ano, estando condicionada à aprovação da reforma da previdência, cujos efeitos criariam um ambiente mais propício para a recuperação dos investimentos e dos níveis de ocupação – como é detalhado na seção Visão Geral de Conjuntura.

Acesso o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade Econômica: Indicadores Mensais

Por Leonardo Mello de Carvalho

O comportamento dos indicadores de atividade ao longo dos últimos meses tem exibido um elevado grau de volatilidade, resquício da paralização dos caminhoneiros ocorrida ao final de maio, e cujos efeitos contribuíram para reduzir ainda mais o ritmo de recuperação da economia brasileira – que já estava sendo afetada pela piora do cenário internacional e pelas incertezas do quadro eleitoral interno. Embora a maioria dos setores afetados tenha apresentado uma rápida recuperação, seu desempenho recente tem sido marcado pela instabilidade. Como exemplo desse comportamento, com base nos dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), medida pelo IBGE, o tombo de 10,9% verificado na indústria entre os meses de abril e maio, na comparação livre de influências sazonais, foi mais que compensado no período seguinte, quando a produção registrou alta de 12,9%. Após permanecer praticamente estável em julho (queda de 0,2%), o Ipea prevê uma alta de 0,9% para o resultado de agosto. Em termos interanuais, o crescimento seria de 3,5%.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Previsão Ipea de produção industrial aponta recuo de 1,7% em julho

Por Leonardo Mello de Carvalho

A previsão Ipea de produção industrial aponta recuo de 1,7% para o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a julho, frente ao mês anterior, na série dessazonalizada. Esse resultado, que sucedeu uma alta de 13,1% em junho, segue influenciado pela greve dos caminhoneiros, cujos efeitos causaram um aumento de volatilidade nos últimos meses. Com isso, o trimestre móvel encerrado em julho teria recuado 3,2% na margem. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teria registrado variação positiva: 1,1% acima do patamar de julho de 2017.

O desempenho recente dos indicadores coincidentes da produção industrial também tem sido caracterizado pela oscilação. Após forte crescimento em junho, a grande maioria dos indicadores registrou variação negativa no mês de julho, na série sem influências sazonais (ver tabela). De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), a produção total de auto veículos recuou 7,6% na margem e, por sua vez, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) indica retração de 6,8% no fluxo de veículos pesados. As exceções ficaram por conta das importações de bens intermediários que, tendo por base a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), registrou aumento de 3,9% em julho, e o processamento de petróleo, que cresceu 5,9% na mesma base de comparação, segundo apontou a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Na comparação com julho de 2017, o desempenho positivo foi generalizado, com destaque também para a importação de bens intermediários e para o processamento de petróleo, que registraram avanços de 20,5% e 10%, respectivamente. Na comparação acumulada em doze meses, a produção de veículos continua como destaque, com alta de 18,6%.

Tabela 1 revisada



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Produção industrial deve avançar de 15,1% em junho

Por Leonardo Mello de Carvalho

Previsão Ipea de produção industrial aponta crescimento de 15,1% para o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente a junho, frente ao mês anterior, na série dessazonalizada. Com esse resultado, que sucedeu uma queda de 10,9% em maio, em grande medida explicada pela greve dos caminhoneiros, o segundo trimestre de 2018 teria recuado 2% sobre o período anterior. Apesar disso, o forte crescimento na margem verificado em junho deixaria um carry-over de 5,5% para o terceiro trimestre. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção também teria acelerado, ficando 6,9% acima do patamar de junho de 2017.

Em relação aos indicadores coincidentes da produção industrial, o bom desempenho exibido na comparação entre junho e maio, na série dessazonalizada, foi bastante disseminado (ver tabela 1). De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), a produção total de veículos avançou expressivos 37,1% na margem. Por sua vez, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) indica crescimento de 47% no fluxo de veículos pesados. No entanto, com base nos dados divulgados pela Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV), o índice de confiança da indústria caiu 1%, ainda na mesma base de comparação.

Na comparação entre junho de 2018 e o mesmo período de 2017, o desempenho positivo foi novamente generalizado, com destaque também para a produção de veículos, que registrou expansão de 21,1%. Na comparação acumulada em doze meses, o setor registra alta de 19,4%.

TABELA 1180723_tabela_indicador_ipea_de_producao_industrial_e_indicadores_coincidentes_jun18



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade Econômica: Indicadores Mensais

Carta de Conjuntura nº 39

Por Leonardo Mello de Carvalho

A análise dos indicadores de atividade ao longo do primeiro quadrimestre de 2018 e, particularmente, no mês de abril, reforça a percepção de que a trajetória de recuperação da economia brasileira começava a ganhar fôlego, impulsionada não somente pelo bom desempenho da produção industrial, como também pela melhora na demanda interna. Durante o mês de maio, no entanto, a crise de desabastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros afetou significativamente esse processo de recuperação da economia, embora a mensuração desses efeitos diretos e indiretos não seja trivial. O grau de contágio entre os segmentos da economia foi elevado, com destaque para o setor manufatureiro, onde a paralisação afetou diversas cadeias produtivas. De acordo com o Indicador Ipea de Produção Industrial, estima-se uma queda de 13,4% na comparação entre maio e abril, na série com ajuste sazonal. Em termos interanuais, o tombo chegaria a 9,8%.

CC39_Atividade Econômica_indicadores mensais_gráfico

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Produção Industrial deve ficar praticamente estável em abril

Por Leonardo Mello de Carvalho

Previsão Ipea de produção industrial aponta recuo crescimento de 0,1% em abril frente ao mês anterior, na série dessazonalizada, para o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE. Esse resultado deixa um carry-over próximo de zero para o segundo trimestre de 2018. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teria acelerado, ficando 7,3% acima do patamar de abril de 2017.

Em relação aos indicadores coincidentes da produção industrial, o resultado exibido na comparação entre abril e março, na série dessazonalizada, foi heterogêneo (ver tabela). De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção total de autoveículos avançou 5,3% na margem. Por sua vez, a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) indica que a importação de bens intermediários também cresceu, com alta de 6% na mesma base de comparação. Por outro lado, com base nos dados divulgados pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), a venda de papel e papelão recuou 0,9% na margem, enquanto o indicador de confiança da indústria, calculado pelo IBRE, caiu 0,7% em relação ao mês de março.

Na comparação entre abril de 2018 e o mesmo período de 2017, o desempenho positivo foi novamente generalizado. Os destaques ficaram por conta da produção de veículos (40,4%) e da importação de bens intermediários. Além disso, o nível de estoques na indústria caiu  5,9% em relação a abril do ano passado.

Tabela-Indicador-Ipea-Produção Industrial-abr-18



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Produção industrial deve crescer 1,1% em março de 2018, fechando o primeiro trimestre com alta de 0,4%

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Produção Industrial prevê crescimento de 1,1% para o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE, referente a março, frente ao mês anterior, na série dessazonalizada. Esse resultado representaria um avanço de 0,4% no primeiro trimestre de 2018, quando comparado aos três últimos meses do ano passado. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teria ficado 4,4% acima do patamar de março de 2017.

Em relação aos indicadores coincidentes da produção industrial, o bom desempenho exibido na comparação entre março e fevereiro, na série dessazonalizada, foi bastante disseminado. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção total de autoveículos avançou 5,6% na margem, resultado que sucedeu dois recuos seguidos. Por sua vez, a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) indica que a venda de papel e papelão subiu 1,3% na margem. Outro destaque positivo ficou por conta do Indicador de Confiança da Indústria, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE), com alta de 1,3% sobre o mês de fevereiro. Por outro lado, segundo a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), a importação de bens intermediários caiu 3,8%, terceira contração seguida.

Na comparação entre março de 2018 e o mesmo período de 2017, o desempenho positivo foi novamente generalizado. A exceção, novamente, ficou por conta do volume de bens intermediários importados, que registrou queda de 3,8%.  Com isso, a indústria teria encerrado o primeiro trimestre com alta de 4,3% sobre o mesmo período do ano passado.

Tabela-Indicador-Ipea-Produção Industrial-mar-18



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Atividade Econômica: Indicadores Mensais

Carta de Conjuntura nº 38

Por Leonardo Mello de Carvalho

Os indicadores mensais de atividade divulgados no início deste ano têm mostrado, em alguns casos, certa acomodação em relação aos resultados do final do ano passado, porém, não sinalizam uma mudança na tendência de recuperação da economia brasileira. A produção física do setor manufatureiro, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), embora tenha registrado uma queda de 2,8% em janeiro sobre o período anterior (na série com ajuste sazonal), deve voltar a crescer em fevereiro – o Indicador Ipea de Produção Industrial sugere avanço de 0,6% na margem e uma expansão de 4,4% na comparação interanual.

CC38_Indicador Ipea de prod ind

A análise pelo lado da demanda revela um ritmo de recuperação gradual do mercado doméstico, fator chave para uma aceleração do nível de atividade em 2018. Embora os níveis de desocupação ainda se encontrem em patamares bastante elevados, sua trajetória declinante ao longo do ano passado segue reduzindo os níveis de incerteza dos agentes. Além disso, a forte redução das taxas de inflação não somente contribuiu para o aumento do poder de compra dos salários, como também permitiu a redução das taxas de juros. Como consequência, o grau de comprometimento da renda das famílias com os serviços de dívidas passadas e a inadimplência vêm caindo, o que abre mais espaço no orçamento para o consumo. Dessa forma, o mercado de crédito para pessoa física segue apresentando melhora, com expansão da demanda e da oferta de novas concessões. Após as vendas no varejo terem iniciado o ano de 2018 com pequena queda de 0,1% em janeiro, o Indicador Ipea de Vendas do Comércio (prévia do resultado da Pesquisa Mensal do Comércio – PMC, do IBGE), no conceito ampliado, estima crescimento de 1,1% em fevereiro, na comparação livre de influências sazonais. Já no conceito restrito, a previsão é de que as vendas tenham avançado 0,6%, resultado que sucedeu alta de 0,9% em janeiro.
 CC38_Indicador Ipea de Varejo

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Demanda interna por bens industriais inicia o ano de 2018 com ligeira queda de 0,3% em janeiro

Por Leonardo Mello de Carvalho

Indústria extrativa mineral puxou o resultado para baixo com recuo de 14,1%, mas a demanda por bens da indústria de transformação avançou 1,9%.

O Indicador Ipea mensal de Consumo Aparente (CA) de bens industriais – definido como a produção industrial doméstica líquida das exportações e acrescida das importações – registrou queda de 0,3% na comparação entre janeiro e dezembro, na série com ajuste sazonal. No entanto, no trimestre móvel terminado em janeiro, o resultado continua positivo (1,8%). Entre os componentes do consumo aparente, ainda no comparativo entre janeiro deste ano e dezembro de 2017, enquanto a produção doméstica líquida de exportações recuou 0,7% em janeiro, as importações de bens industriais cresceram 5,8.

Na comparação interanual, o indicador voltou a avançar, atingindo patamar 6,8% superior ao observado em janeiro de 2017. Dessa forma, com base no resultado acumulado em 12 meses, a demanda por bens industriais segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (4%) que o apresentado pela produção total, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE (2,7%).

Com relação às classes de produção, na comparação dessazonalizada, a extrativa mineral foi o destaque negativo, recuando 14,1% em janeiro, resultado que sucedeu alta de 5% em dezembro. Já a demanda por bens da indústria de transformação avançou 1,9% na margem.

Os números de cada segmento industrial e a análise completa do indicador podem ser acessados aqui.

tabela

Gráfico_Indicador Ipea CA_jan-18

Acesse a planilha completa com os resultados



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------