Arquivos da categoria: Mercado de Trabalho

Indicadores mensais do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta Nota1 – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua)– indicam que, após um período de acomodação, o mercado de trabalho brasileiro segue apresentando resultados positivos, combinando aumento da população ocupada (PO), queda da taxa de desocupação e expansão da massa salarial.

Em março de 2023, a PO no país somava 97,6 milhões de pessoas, avançando 1,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Após o ajuste sazonal, embora o contingente de 98,3 milhões de ocupados, em março de 2023, ainda se mantenha abaixo dos 100,2 milhões registrados em junho de 2022, na margem, a PO se expandiu pelo segundo mês consecutivo, com alta de 0,2% em relação a fevereiro. Como consequência do bom desempenho da PO, a taxa de desocupação apontou novo recuo em março, situando-se em 8,8%, ou seja, 2,0 pontos percentuais (p.p.) abaixo da registrada no mesmo período de 2022. Na comparação com o mês imediatamente anterior, a taxa registra leve desaceleração, em março, passando de 8,5% para 8,4%.

Gráficos 1 e 2 _mar23

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Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique Corseuil e Lauro Ramos

Ao longo dos últimos meses, o mercado de trabalho brasileiro vem mostrando sinais de arrefecimento, caracterizado por uma leve aceleração da taxa de desocupação, o que reflete na perda de dinamismo da população ocupada. Segundo os dados mensais produzidos pelo Ipea, com base nas séries de trimestres móveis da PNAD Contínua, do IBGE, a taxa de desocupação dessazonalizada – após recuar fortemente, chegando a 8,3% em outubro de 2022, menor patamar desde abril de 2015 –, acelerou lentamente, de modo que em janeiro alcançou 8,6%, nível em que se manteve em fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2022, entretanto, a taxa de desocupação registra queda de 2,6 pontos percentuais (p.p.).

A análise dos dados da PNAD Contínua mostra que esse movimento recente da taxa de desocupação é decorrente de uma retração da população ocupada. Em fevereiro, mesmo diante de uma pequena recuperação, na comparação com janeiro, o contingente de, aproximadamente, 98 milhões de ocupados na economia brasileira era cerca de 2,1 milhões menor que o registrado em junho de 2022, momento em que atingiu o patamar máximo da série. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de trabalhadores ocupados revela expansão de 2,7%. Nota-se, ainda, que este arrefecimento da ocupação vem ocorrendo de forma mais intensa no setor informal. No último trimestre, encerrado em fevereiro, enquanto a população ocupada formal se expandiu a uma taxa média interanual de 5,0%, a registrada entre os trabalhadores informais foi de apenas 0,4%.

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Retrato dos rendimentos do trabalho – resultados da PNAD Contínua do quarto trimestre de 2022

Por Sandro Sacchet de Carvalho

Os rendimentos habituais reais médios apresentaram aumento de 8,3% no quatro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021, confirmando a recuperação da renda observada ao longo do ano. A renda média habitual real de R$ 2.808, registrada no quatro trimestre de 2022, aproxima-se dos níveis observados em dezembro de 2019, imediatamente anterior à pandemia. Estimativas mensais mostram que o rendimento habitual médio real em dezembro (R$ 2.856) foi 0,2% maior que o observado no mês anterior (R$2.851) e 2,6% maior que o registrado em setembro de 2022 (R$2.784). A renda efetiva também cresceu 9,4% na comparação interanual, mas ainda está 1% menor que a apontada no quarto trimestre de 2019.

Por grupos demográficos, os maiores aumentos na renda na comparação com o mesmo período do ano passado foram registrados no Centro-Oeste e no Norte, entre os trabalhadores jovens adultos (entre 25 e 39 anos) e com ensinos fundamental e médio incompletos. Nenhum grupo demográfico de trabalhador apresentou queda na renda, mas o crescimento foi menor para os que habitam no Nordeste, os adultos (entre 40 e 59 anos), aqueles com ensino fundamental completo e os chefes de família.

Na análise por tipo de vínculo, revela-se que a menor recuperação dos rendimentos no quarto trimestre de 2022 foi encontrado nos trabalhadores do setor público, com elevação da renda habitual e efetiva de 1,9% e 1,5% respectivamente. Os trabalhadores do setor privado com carteira apresentaram elevação da renda no quarto trimestre de 2022 (cerca de 6,2% da renda habitual). Por sua vez, foram os trabalhadores informais os que apresentaram o maior aumento da renda efetiva, com acréscimo de 12,3% para os trabalhadores por conta própria e de 12% para os sem carteira. Isso se reflete no comportamento da renda por setor de atividade: Os setores mais informais, mais atingidos pela pandemia, são os que agora mostram crescimento da renda (agricultura, transporte, construção, serviços pessoais e coletivos e alojamento e alimentação), ao passo que setores mais formais, como administração púbica, educação e saúde e indústria, apresentaram menor elevação da renda habitual ou efetiva.

Após o pico de desigualdade causado pela pandemia, o índice de Gini se reduziu continuamente até o primeiro trimestre de 2022. O segundo trimestre de 2022 apresentou uma reversão da queda da desigualdade da renda observada, que continuou no terceiro trimestre. No último trimestre de 2022, observou-se uma estabilidade no índice da renda domiciliar e ligeira queda do índice da renda individual de 0,494 para 0,493.

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A proteção social dos trabalhadores da Gig Economy do setor de transporte no Brasil

Por Geraldo Sandoval Góes,  Felipe dos Santos Martins, Antony Teixeira Firmino e Leonardo Alves Range

Este estudo é uma continuidade tanto da Nota de Conjuntura (NC) nº 5 da Carta de Conjuntura nº 53, publicada no último trimestre de 2021, quanto da NC nº 14 da Carta de Conjuntura nº 55, publicada no 2º trimestre de 2022. A presente nota possui como objetivo principal analisar a situação dos trabalhadores da Gig Economy no setor de transportes, e sua participação e contribuição na previdência. Os dados da Pnad Contínua do terceiro trimestre de 2022 revelam que 1,7 milhão de pessoas estavam ocupadas na Gig Economy do setor de transportes no país. Desses apenas 23% contribuem para a previdência, esse percentual está 10 pontos percentuais abaixo do percentual de trabalhadores conta própria que contribuem para a previdência.

Adicionalmente, o estudo identificou desigualdades regionais na contribuição previdenciária dos trabalhadores da Gig Economy no setor de transporte, pois na região Sul mais de um terço dos trabalhadores contribuíram para a previdência social (37,0%), enquanto na Região Norte esse percentual foi de, aproximadamente, 10%.

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Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Mendonça Russo

Os principais dados de emprego no país mostram que o mercado de trabalho brasileiro segue em trajetória positiva, marcado pela queda da desocupação e, mais recentemente, pela recuperação dos rendimentos. Por certo, embora se verifique uma acomodação da população ocupada nos últimos meses, a taxa de desocupação continua se reduzindo devido ao recuo da força de trabalho. Adicionalmente, o bom desempenho do emprego formal e a melhora dos indicadores de subocupação e desalento ratificam este quadro de maior dinamismo.
Em outubro de 2022, a taxa de desocupação dessazonalizada ficou em 8,2%, alcançando o menor patamar desde abril de 2015. Desta forma, a população desocupada que chegou a 15,4 milhões, em maio de 2021, vem recuando sistematicamente, de modo que o contingente de 8,9 milhões, apurado em outubro de 2022, é o menor já observado desde julho de 2015 (8,6 milhões). Nota-se, entretanto, que, ao contrário do verificado ao longo de grande parte do processo de retomada do mercado de trabalho, iniciado em meados de 2021, a queda da desocupação no último trimestre não foi proporcionada pela expansão da ocupação, mas sim por uma retração da força de trabalho​

Gráficos 1 e 2 _dez22

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Retrato dos rendimentos do trabalho – resultados da PNAD Contínua do terceiro trimestre de 2022

Por Sandro Sacchet de Carvalho

Os rendimentos habituais reais médios apresentaram aumento de 2,5% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021, configurando o primeiro trimestre de crescimento interanual na renda desde o primeiro trimestre de 2020. A renda média habitual real de R$ 2.737, registrada no terceiro trimestre de 2022, ainda encontra-se abaixo dos níveis observados antes da pandemia, mas já alcança os níveis registrados em 2017. Estimativas mensais mostram que o rendimento habitual médio real em setembro (R$ 2.734) foi 1,5% maior que o observado no mês anterior (R$ 2.693) e 6,2% maior que o registrado em dezembro de 2021 (R$ 2.574). A renda efetiva também cresceu 2,5% na comparação interanual, mas ainda está 2% menor que a apontada no terceiro trimestre de 2019.

Por grupos demográficos, os maiores aumentos na renda na comparação com o mesmo período do ano passado foram registrados no Centro-Oeste e no Norte, entre os trabalhadores jovens adultos (entre 25 e 39 anos) e com ensinos fundamental e médio incompletos. Nenhum grupo demográfico de trabalhador apresentou queda na renda, mas o crescimento foi menor para os que habitam no Sudeste, os jovens, aqueles com ensino superior e os chefes de família.

Na análise por tipo de vínculo, revela-se que o pior impacto da queda nos rendimentos no terceiro trimestre de 2022 foi encontrado nos trabalhadores do setor público, com quedas da renda habitual e efetiva de 2,3% e 3% respectivamente. Os trabalhadores do setor privado com carteira apresentaram elevação da renda no terceiro trimestre de 2022 (cerca de 1,6% da renda habitual). Por sua vez, foram os trabalhadores informais os que apresentaram o maior aumento da renda efetiva, com acréscimo de 5,4% para os trabalhadores por conta própria e de 4,9% para os sem carteira. Isso se reflete no comportamento da renda por setor de atividade: os setores mais informais, mais atingidos pela pandemia, são os que agora mostram crescimento da renda (agricultura, transporte, construção, serviços pessoais e coletivos e alojamento e alimentação), ao passo que setores mais formais, como administração púbica, educação e saúde e indústria, continuam apresentando uma queda da renda habitual ou efetiva.

Após o pico de desigualdade causado pela pandemia, o índice de Gini se reduziu continuamente até o primeiro trimestre de 2022. O segundo trimestre de 2022 apresentou uma reversão da queda da desigualdade da renda observada, que continuou no terceiro trimestre, tendo o índice de Gini da renda domiciliar subido de 0,510 no primeiro trimestre para 0,519 no terceiro e o da renda individual passado de 0,481 para 0,494.​

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Indicadores mensais do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente lameiras e Marcos Dantas s Hecksher

As estimativas próprias mensais feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua, indicam que, em setembro, a taxa de desocupação continuou em trajetória de queda, atingindo 8,5%, ante 8,7% em agosto. Na comparação interanual, a taxa de desocupação em setembro situou-se 3,7 pontos percentuais (p.p.) abaixo do nível observado no mesmo período de 2021 (12,2%). Na série livre de sazonalidade, no entanto, a taxa de desocupação de 8,5% ficou estável em relação a agosto.

A análise da taxa de participação mostra que, embora, na comparação interanual, a taxa de participação ainda tenha avançado 0,5 p.p., passando de 62,2% para 62,7%, observa-se recuo de 0,4 p.p. na margem, explicado pelo comportamento da força de trabalho brasileira. Por certo, se, por um lado, este contingente de 108,8 milhões de pessoas, em setembro de 2022, registrou alta de 1,7% na comparação com setembro de 2021, por outro lado, a série dessazonalizada aponta queda de 0,5% ante agosto. ​

Gráficos 1 e 2 _set22

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PNADC (xlsx)



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Indicadores mensais do mercado de trabalho – agosto de 2022

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta nota – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua – indicam que, em agosto, a taxa de desocupação prosseguiu em queda, atingindo 8,7% e situando-se 4,2 p.p. abaixo do nível observado no mesmo período de 2021 (12,9%). Na série livre de sazonalidade, a taxa de desocupação recuou pela 15a vez consecutiva, chegando a 8,5%, em agosto de 2022, e atingindo o menor patamar desde julho de 2015. A queda da desocupação foi explicada, nos últimos dois meses, por uma retração da taxa de participação na margem, pois a população ocupada e o nível da ocupação não apresentaram crescimento nesse período.

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Por certo, embora na comparação interanual a taxa de participação tenha avançado 0,6 p.p., passando de 62,1% para 62,7%, na margem, observa-se um recuo de 63,4%, em julho, para 62,9%, em agosto. Estes movimentos da taxa de participação refletem o comportamento da força de trabalho brasileira. Se por um lado, em agosto de 2022, este contingente de 108,8 milhões de pessoas, avançou 1,9% na comparação com agosto de 2021, por outro lado, a série dessazonalizada aponta queda de 0,5% ante a registrada em julho.

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PNADC (xlsx)



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Índice de qualificação do trabalho agregado e desagregado por setores

Por Cristiano Da Costa Silva, Jose Ronaldo de C. Souza Jr. e Tarsylla da S. de G. Oliveira

Esta Nota atualiza as séries dos indicadores Ipea de qualificação da mão de obra, de contribuição do fator trabalho e do grau de ociosidade do capital humano até o segundo trimestre de 2022. São apresentados também novos indicadores setoriais do Ipea de Índice de Qualificação do Trabalho (IQT), que combinam informações de mercado de trabalho com dados de escolaridade e experiência.

Os resultados com a reponderação da PNAD Contínua corroboram as evidências encontradas na Nota anterior, indicando que os trabalhadores com menos qualificação foram relativamente mais afetados pela pandemia. Porém, as novas estimativas indicam que o impacto é menor que o calculado anteriormente, reduzindo o efeito composição no mercado de trabalho e o crescimento do IQT durante o período.

O afrouxamento das medidas restritivas e a consequente retomada do emprego presencial, especialmente no setor de serviços, favoreceu a demanda por mão de obra com baixa qualificação, o que explica a queda do IQT em 2021 e o crescimento precedente do índice em 2020 de aproximadamente 5,4 p.p. na base anual. Tanto as horas efetivamente trabalhadas quanto o Índice Ajustado de Contribuição do Fator Trabalho (IACFT) – variação nas horas trabalhadas ajustada à variação no IQT – fecharam 2021 acima do patamar registrado no último período pré-pandemia (2019T4).

No cômputo global, o IQT e o Índice de Horas Efetivamente Trabalhadas fecharam 2022T2, respectivamente, em um patamar 3,1% e 4,5% superior ao observado em 2019T4, de maneira que a contribuição efetiva do capital humano para a atividade econômica (IACFT) já se encontrava 7,4% acima do patamar pré-pandemia. Esses dados indicam a consolidação da recuperação e melhora no mercado de trabalho.​

Nesta Nota, foi incluída uma análise do IQT desagregada em doze subsetores com base na decomposição da atividade econômica adotada pelo IBGE no Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. No período entre o pri- meiro trimestre de 2012 e o segundo trimestre de 2022, todos os subsetores demonstraram melhora efetiva na composição da população ocupada. Na comparação da evolução dos três grandes setores com o IQT agregado destacam-se os seguintes fatos: i) o setor agropecuário a partir do segundo trimestre de 2015 exibe trajetória inferior; ii) na indústria, três dos quatro subsetores apresentaram crescimento acima da média; e iii) no setor de serviços, apenas o subsetor de atividades de serviços obteve crescimento relativo superior ao nível do IQT agregado.

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Desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas

Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Mendonça Russo

 

O mercado de trabalho brasileiro vem apresentando trajetória de forte dinamismo, marcada por expressiva expansão da população ocupada, com efeito significativo sobre a redução do desemprego. Em julho de 2022, o dado mensal produzido pelo Ipea, com base nas séries de trimestres móveis da PNAD Contínua, revela que a taxa de desocupação chegou a 8,9%, atingindo o menor patamar desde julho de 2015. Por conseguinte, a população desocupada recuou 28,7% entre julho de 2021 e 2022, passando de 13,6 milhões para 9,7 milhões. Esta queda do desemprego reflete o bom desempenho da população ocupada, cujo contingente avançou 7,5%, em julho, na comparação interanual, abarcando aproximadamente 100,2 milhões de pessoas. Nota-se, ainda, que essa expansão da ocupação vem ocorrendo de forma generalizada, abrangendo todas as regiões, todos os segmentos etários e educacionais e praticamente todos os setores da economia. ​

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