Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher
As estimativas próprias mensais apresentadas nesta – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua – sinalizam que, em dezembro, o mercado de trabalho brasileiro manteve-se em trajetória bastante favorável, contabilizando expansões da população ocupada (PO) e dos rendimentos reais, garantindo, desta forma, a manutenção da desocupação em níveis historicamente baixos e forte crescimento da massa salarial. Em dezembro de 2024, a PO no país somava 103,8 milhões de pessoas, avançando 2,6% na comparação com o mesmo período de 2023. Já em termos dessazonalizados, em dezembro, a PO abarcava 103,3 milhões de trabalhadores, o que representa uma alta de 0,4% em relação ao observado em novembro. Nota-se, ainda, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar, porém menos intenso, da força de trabalho. Por certo, na comparação interanual, a força de trabalho brasileira avançou 1,4%, passando de 109,0 milhões, em dezembro de 2023, para 110,5 milhões, em dezembro de 2024. Em relação a novembro, registra-se um leve avanço de 0,1%.
Ainda de acordo com os dados da PNAD Contínua, a taxa de participação (TP) no mercado de trabalho brasileiro chegou a 62,5% em dezembro de 2024, ou seja, 0,4 ponto percentual (p.p.) maior que a observada no mesmo período de 2023. Na comparação com novembro (62,4%), a TP dessazonalizada manteve-se praticamente estável (62,5%). Nesse contexto, caracterizado por uma expansão da ocupação em ritmo superior ao apresentado pela força de trabalho, a taxa de desocupação (TD) registrou nova queda, em dezembro, recuando de 7,2%, em 2023, para 6,1%, em 2024.
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