Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – setembro de 2024

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais permaneceu estável na comparação entre setembro e agosto na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão do avanço de 0,2% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e do aumento de 1,4% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela.

O crescimento nulo em setembro sucedeu alta de 0,9% registrada no período anterior na série dessazonalizada. Com isso, o trimestre móvel encerrado neste mês cresceu 1,9% na margem. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal subiu 6,9% em relação a setembro de 2023, o indicador em médias móveis trimestrais aumentou 7,6%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou alta de 3,7%, superando a elevação de 2,6% apontada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico.
241128_cc_65_nota_15_tabela

241128_cc_65_nota_15_grafico

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicadores mensais do mercado de trabalho – setembro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta Nota – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua – sinalizam que o mercado de trabalho brasileiro continua a surpreender favoravelmente, apontando um desempenho ainda mais favorável que o projetado, contabilizando sucessivas expansões da população ocupada (PO), garantindo, desta forma, a manutenção da desocupação em níveis historicamente baixos, além do crescimento da massa salarial.

Em setembro de 2024, a PO no país somava aproximadamente 104 milhões de pessoas, avançando 4,3% na comparação com o mesmo período de 2023. Já em termos dessazonalizados, em setembro, a PO voltou a apontar novo recorde, abraçando 103,5 milhões de trabalhadores, o que representa uma alta de 0,9% em relação ao observado em agosto. Nota-se, ainda, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar, porém menos intenso, da força de trabalho, impedindo, assim, uma queda ainda mais significativa da taxa de desocupação (TD).

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Boletim de expectativas – novembro de 2024

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas baseia-se nas projeções do Sistema Expectativas de Mercado do Banco Central, também conhecido como Boletim Focus, para dar uma visão geral das previsões feitas pelos profissionais que contribuem com a pesquisa, abordando inflação, juros, finanças públicas e PIB. Para a inflação e as taxas de juros, recorre-se, também, à estrutura a termo da taxa de juros baseada em títulos públicos. O texto procura concatenar as previsões médias feitas pelos respondentes da pesquisa do Banco Central e, comparando-as com as que foram analisadas na última edição deste boletim, em março de 2024, observa que, com exceção de 2024, cujo PIB previsto está maior, de 2025 a 2028 espera-se o mesmo crescimento da economia que se esperava há sete meses, mas, agora, acompanhado de mais inflação, juros mais altos e maior dívida pública. A elevação da dívida como percentual do PIB esperada se deveu à expectativa de maiores despesas com pagamento de juros, enquanto a trajetória projetada para o resultado primário pouco se alterou.

241114_cc_65_nota_13_graficos

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Inflação por faixa de renda – outubro de 2024

Por Maria Andréia P. Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revelam que, em outubro, à exceção da classe de renda alta, todos os demais segmentos pesquisados apontaram aceleração da inflação na comparação com o mês anterior. No caso das famílias de renda muito baixa, a taxa de inflação avançou de 0,58% em setembro para 0,75% em outubro, refletindo, sobretudo, as altas dos alimentos no domicílio e das tarifas de energia elétrica. Já para as famílias de renda alta, além do impacto proporcionalmente menor vindo dos reajustes dos alimentos e da energia, a queda nos preços das passagens aéreas (-11,5%) e dos combustíveis (-0,17%) explicam esta pressão menos intensa da inflação em outubro.

Com a incorporação do resultado de outubro, no acumulado do ano, a faixa de renda baixa é a que registra a maior alta inflacionária (4,17%), enquanto o segmento de renda alta aponta a taxa menos elevada (3,20%). De modo semelhante, no acumulado em doze meses, as famílias de renda muito baixa apresentam a taxa de inflação mais elevada (4,99%), ao passo que a faixa de renda alta aponta a menor taxa de variação de preços (4,44%).

241112_cc_65_nota_12_tabela

241112_cc_65_nota_12_grafico

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em outubro de 2024

Por Sergio Ferreira

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), outubro de 2024 apresentou um superávit primário de R$ 41,4 bilhões nas contas do governo central. Conforme mostra a tabela 1, a receita líquida do governo central atingiu R$ 209,8 bilhões nesse mês, um crescimento de 11,3% em termos reais, comparativamente ao apurado em outubro de 2023, ao passo que a despesa totalizou R$ 168,3 bilhões, um decréscimo real de 0,7% na mesma base de comparação. No acumulado no ano, o resultado primário apresenta um déficit de R$ 64,3 bilhões, a preços constantes de outubro, ante o déficit de R$ 79,3 bilhões no mesmo período de 2023.

24111_cc_65_nota_11_tabela

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI): setembro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou taxa de variação de 0,32% em setembro de 2024, situando-se 0,21 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2023, a variação foi 0,27 p.p. maior. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 6,4% nos últimos doze meses.

240711_cc_65_nota_10_tabela_1

240711_cc_65_nota_10_tabela_2

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Panorama da economia mundial

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este texto comenta diversos indicadores da economia global e alguns destaques de Estados Unidos, China e Área do euro. O cenário que vem se configurando é o de “pouso suave”, isto é, de redução das taxas de inflação até as metas desejadas sem grande sacrifício do nível de atividade econômica. Esse cenário, porém, não é isento de riscos. Um deles é a possível recuperação de preços relativos entre serviços e bens vigentes antes da pandemia, o que poderia gerar pressões inflacionárias. Outro é o elevado endividamento público, que pode deixar pouca margem de manobra para a política fiscal em caso de necessidade. 

241104_cc_65_nota_9_grafico

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Progressividade tributária: diagnóstico para uma proposta de reforma

Por Sérgio Wulff Gobetti

Esta nota técnica oferece uma contribuição importante para o debate em torno da reforma do imposto da renda, ao apresentar evidências adicionais sobre a baixa ou nula progressividade derivada do amplo espectro de rendimentos isentos no topo da distribuição de renda do país. Nossas estimativas mostram que, mesmo quando avaliamos a progressividade da tributação da renda de modo mais amplo, considerando os impostos incidentes sobre o lucro das empresas, a alíquota efetiva média do IR atinge um ponto de máximo em torno de 14% e cai para rendas acima de R$ 1 milhão anuais.

Tal resultado decorre não só da isenção sobre dividendos distribuídos mas também do fato de que a tributação efetiva média sobre o lucro das empresas é significativamente mais baixa do que a suposta a partir das alíquotas nominais de IRPJ/CSLL em todos os regimes de tributação, mas especialmente nas empresas do Simples e do lucro presumido, cujos dividendos distribuídos respondem por aproximadamente 70% da renda desta natureza recebida pelas famílias brasileiras.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – agosto de 2024

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou alta de 0,6% na comparação entre agosto e julho na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão do recuo de 0,4% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e do aumento de 3,0% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela 1.

O crescimento em agosto sucedeu queda de 3,8% registrada no período anterior na série dessazonalizada. Com isso, o trimestre móvel encerrado neste mês cresceu 4,8% na margem. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal subiu 5,8% em relação a agosto de 2023, o indicador em médias móveis trimestrais aumentou 7,8%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou alta de 3,0%, superando a elevação de 2,4% apontada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico 1. 241023_cc_65_nota_7_tabela

241023_cc_65_nota_7_grafico

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de agosto de 2024

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, registrou avanço de 0,1% na comparação entre agosto e julho na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre móvel encerrado em agosto teve expansão de 4,1% na comparação dessazonalizada. Nas comparações com os mesmos períodos de 2023, o indicador mensal apresentou altas de 5,9%, em agosto, e 7,9%, no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais registraram crescimento de 1,5%.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram queda de 1,8% em agosto, encerrando o trimestre móvel com crescimento de 5,4%. Quanto a seus componentes, enquanto a produção nacional recuou 3,1%, as importações registraram alta de 2,5% em agosto. Já na comparação em médias móveis, tanto a produção nacional quanto as importações cresceram, com altas de 2,7% e 8,1%, respectivamente. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos teve expansão de 3,1%.

Os investimentos em construção civil, por seu turno, registraram alta de 0,9% na passagem entre julho e agosto, na série dessazonalizada. Com esse resultado, terceira variação positiva seguida, o segmento registrou crescimento de 3,8% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, tal componente apresentou alta de 1,8%.

241016_cc_65_nota_6_fbcf_tabela_1

241016_cc_65_nota_6_fbcf_grafico_1

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------