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Inflação por faixa de renda – Janeiro/2021

Maria Andreia Parente Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que, em janeiro, houve uma forte desaceleração inflacionária em todas as classes de renda pesquisadas, especialmente para a faixa de renda mais baixa, cuja taxa de inflação, na margem, recuou de 1,58% para 0,21%. A análise desagregada entre os componentes da inflação mostra que, embora em janeiro ainda tenha se verificado uma pressão dos alimentos no domicílio – grupo de grande peso na cesta de consumo das famílias mais pobres –, esse impacto não só foi menor que o observado no mês anterior como também foi, em parte, compensado pela queda nos preços da energia elétrica (-5,6%) e dos itens de vestuário. Já no caso do segmento de renda mais alta, nota-se que a queda da inflação, na margem, foi relativamente menor que a apontada nas demais classes. Por certo, este segmento não só se beneficiou menos da deflação da energia elétrica como também foi mais impactada pela alta no preço da gasolina (2,17%), cuja pressão sobre o grupo transportes só não foi maior devido às deflações das passagens aéreas (-19,9%) e dos transportes por aplicativo (-12,1%). Além dos combustíveis, os reajustes de 0,66% dos planos de saúde e de uma série de serviços pessoais, como costureira (1,32%), depilação (1,28%) e cartório (7,82%), ajudam a compor esse quadro de desaceleração inflacionária menos intensa para as famílias mais ricas.

Tabela 1 _jan21 Gráficos 1 e 2 _jan21

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Inflação por faixa de renda – Dezembro/2020

Por Maria Andreia Parente Lameiras

Em dezembro, o indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, apontou forte aceleração inflacionária em todas as faixas de renda pesquisadas, sendo que, novamente, a taxa de inflação do segmento de renda mais baixa (1,58%) ficou acima da observada na classe de renda mais alta (1,05%). Ao longo do ano, a forte aceleração de preços de alimentos e energia e uma alta menos intensa nos preços dos serviços e dos combustíveis, geraram um significativo diferencial de inflação entre as faixas de renda mais baixa e mais alta. No acumulado do ano, enquanto a inflação das famílias de renda muito baixa aponta alta de 6,2%, o segmento de renda alta registrou uma taxa bem mais modesta (2,7%).

Tabela 1_dez20

Gráficos 1 e 2_dez20

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Inflação por faixa de renda – Novembro/2020

Por Maria Andréia P. Lameiras

Em novembro, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou, nova- mente, uma alta inflacionária maior para as famílias de renda da mais baixa (1,0%) relativamente a observada na classe de renda mais alta (0,63%) – único segmento da população que registrou uma desaceleração inflacionária.

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A análise desagregada dos dados revela que, mantendo o padrão inflacionário pre- sente nos últimos meses, o forte aumento dos preços dos alimentos no domicílio foi o maior foco de pressão inflacionária nos segmentos de renda mais baixa (tabela 2). De fato, em novembro, 75% da inflação do segmento mais pobre da população veio da alta do grupo alimentação e bebidas, impactada pelos reajustes do arroz (6,3%), da batata (29,7%), das carnes (6,5%), do frango (5,2%) e do óleo de soja (9,2%). Na outra ponta, os reajustes dos transportes por aplicativo (7,7%), da gasolina (1,6%) e do etanol (9,2%) fizeram do grupo transporte o maior foco inflacionário para a classe de renda mais alta, respondendo por mais da metade da taxa de variação apontada nesta faixa.

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Veja o texto completo com a análise da inflação acumulada no ano e nos últimos doze meses.

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Inflação por faixa de renda – Outubro/2020

Por Maria Andreia Parente Lameiras

De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, em outubro, a taxa de inflação das famílias de renda mais baixa foi a que apresentou a maior variação (0,98%) entre todas as classes pesquisadas. Nota-se, entretanto, que na comparação com o mês anterior, enquanto a taxa de variação dos preços manteve-se estável nas duas faixas de menor renda, nas classes de renda mais elevadas observou-se uma aceleração no ritmo de crescimento dos preços, com destaque para o segmento de renda alta, cuja taxa de inflação avançou de 0,29%, em setembro, para 0,82%, em outubro

Na desagregação dos dados, observa-se que, novamente, a elevação dos preços dos alimentos no domicílio explica grande parte da pressão inflacionária nos segmentos de menor renda. Em outubro, apenas o grupo alimentos e bebidas foi responsável por mais de 60% de toda a inflação da classe de renda mais baixa, refletindo as expressivas variações do arroz (13,4%), da batata (17%), do tomate (18,7%), do óleo de soja (17,4%) e das carnes (4,3%). Por sua vez, a aceleração da taxa de inflação para as famílias de renda maior veio da alta do grupo transportes, impactado pelos reajustes de 39,8% das passagens aéreas e de 0,9% dos combustíveis.

Tabela 1_out20Gráficos 1 e 2_out20

Veja texto completo sobre o resultado de outubro

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Inflação por faixa de renda – Setembro/2020

Por Maria Andreia P. Lameiras

Em setembro, o indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou aceleração na taxa de crescimento dos preços em todas as classes pesquisadas. Novamente, a taxa de inflação das famílias de renda mais baixa (0,98%) foi maior que à observada no conjunto mais rico da população (0,29%). No acumulado do ano, enquanto a inflação das famílias mais pobres aponta alta de 2,5%, a taxa de variação registrada pela classe de renda mais alta é de apenas 0,2%.

Assim como vem ocorrendo desde março, o expressivo crescimento dos preços dos alimentos no domicílio, grupo de maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres, explica a pressão inflacionária mais forte para esse segmento de renda. Nos primeiros nove meses de 2020, os alimentos no domicílio apontam alta de 9,2%, com destaque para as variações do arroz (41%), feijão (34%), leite (30%) e óleo de soja (51%). Já os serviços livres registram, no acumulado do ano, deflação de 0,05%, refletindo as quedas de 55% das passagens aéreas, de 9% nos preços de hospedagem e de 1,7% das mensalidades das creches. A desaceleração dos preços dos serviços vem gerando um alívio maior para a faixa de renda mais alta, cuja parcela do orçamento gasta com a aquisição destes itens é bem superior à despendida pela classe de renda mais baixa.

Gráficos

Tabela 02

Veja texto completo sobre o resultado de setembro

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Inflação por faixa de renda – Agosto/2020

Por Maria Andreia Parente Lameiras

Como vem ocorrendo desde março de 2020, os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda de agosto ratificam um cenário inflacionário marcado por uma aceleração de preços maior para a classe de renda mais baixa quando comparada ao segmento mais rico da população. Em agosto, enquanto a inflação das famílias mais pobres apontou alta de 0,38%, a faixa de renda mais alta registrou uma deflação de 0,10%. Com a incorporação deste resultado, no acumulado do ano, a inflação da classe de renda muito baixa é de 1,5%, mantendo-se em patamar bem acima da observada na faixa de renda mais alta (-0,07%).

Na desagregação dos índices, mais uma vez, evidencia-se uma pressão altista vinda dos alimentos no domicílio – que formam o grupo de maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres – e uma queda nos preços dos serviços, cujo alívio é bem mais intenso sobre o orçamento das famílias mais ricas. De fato, em agosto, o subgrupo alimentos e bebidas contribuiu com 0,20 ponto percentual (p.p.) para a inflação da classe de renda mais baixa, respondendo por 53% da variação total da inflação deste segmento. Já no caso da faixa de renda mais alta, o impacto do reajuste dos alimentos sobre a taxa de inflação foi bem mais modesto (0,05 p.p.). Deve-se destacar ainda que, no acumulado de 2020, boa parte dessas altas de preços dos alimentos está concentrada em itens de grande consumo para as famílias, como arroz (19,2%), feijão (35,9%), leite (23%) e ovos (7,1%).

Gráficos 1 e 2

Tabela 1

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Inflação por faixa de renda – Julho/2020

Por Maria Andreia Parente Lameiras

Pelo segundo mês consecutivo, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou, em julho, uma aceleração inflacionária na margem para todas as classes de renda pesquisadas (tabela 1).1 De modo semelhante, na desagregação pelos segmentos de renda, observa-se a manutenção do padrão evidenciado nos últimos meses, marcado por uma alta mais intensa para as famílias de menor poder aquisi- tivo (0,38%), relativamente às de renda mais alta (0,27%). Em julho, embora ainda se verifique alguma pressão vinda dos alimentos no domícilio, especialmente dos das carnes (3,7%) e de leites e derivados (3,8%), o grupo habitação se constituiu no principal foco inflacionário para as camadas mais pobres da população. Os re- ajustes de 2,6% da tarifa de energia elétrica e de 0,53% dos aluguéis, geraram uma contribuição de 0,19 ponto percentual (p.p.) para o grupo habitação, respondendo por 50% da variação total da inflação desse segmento de renda (tabela 2). Ainda que em menor escala, a alta do grupo transportes – repercutindo o aumento de 3,1% dos combustíveis e de 0,94% das tarifas de metrô – também ajuda a explicar o quadro inflacionário para a faixa de renda mais baixa.

Para a classe de renda mais alta, o peso dos combustíveis na sua cesta de consumo fez com que o impacto de 0,17 p.p. do grupo transporte explicasse quase 65% de toda a inflação registrada por esse segmento. Deve-se ressaltar, no entanto, que estsa contribuição originada pelos transportes sobre a inflação das famílias mais ricas foi, em parte, aliviada pela queda nos preços das passagens aéreas (-4,2%) e do transporte por aplicativo (-8,2%). Nota-se ainda que, em julho, o padrão de consumo diferenciado entre as famílias ajuda a explicar a discrepância entre as taxas de inflação para as faixas de renda extremas, dado que o comportamento dos itens que compõem o grupo despesas pessoais originou um impacto comple- tamente distinto entre as camadas da população. Enquanto as deflações dos itens empregada doméstica (-0,52%), clube (-1,46%) e hospedagem (-0,95%) geraram uma contribuição negativa de 0,06 p.p. para a inflação da faixa de renda mais alta, o reajuste de 1,3% nos preços dos cigarros propiciou uma contribuição positiva de 0,01 p.p. para o segmento de renda mais baixa.

Gráficos 1 e 2_jul20 Tabela 1 _jul20

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Inflação por faixa de renda – Junho/2020

Por Maria Andreia P. Lameiras

Em junho, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou uma aceleração inflacionária na margem em todas as classes pesquisadas. No entanto, na desagregação pelos segmentos de renda, observa-se que a alta foi mais intensa para as famílias de menor poder aquisitivo (0,32%), relativamente às de renda mais alta (0,21%), pressionada pelos reajustes do grupo alimentação, es- pecialmente dos cereais (3,5%), das carnes (1,2%) e de leites e derivados (1,7%). Os alimentos responderam por 34% da variação de preços total apresentada pelo segmento de renda muito baixa em junho. Ainda que em menor proporção, o aumento de 1,3% dos artigos de residência também impactou mais fortemente a inflação das classes de renda mais baixa. Para a classe de renda mais alta, o peso menor dos alimentos na sua cesta de consumo fez com que o impacto da alta de junho explicasse apenas 24% de toda a inflação registrada por este segmento.

Com a incorporação desse resultado, no acumulado do ano, mantém-se a trajetória de uma inflação mais amena para as classes mais altas (-0,24%), em comparação aos segmentos de renda mais baixa (0,8%).

Inflação por renda_jun-20_tabela Inflação por renda_jun20_Gráficos

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Inflação por Faixa de renda

Por Maria Andréia Parente Lameiras e Sandro Sacchet de Carvalho

Essa Nota Técnica tem por objetivo retratar, a partir dos dados da POF 2017/2018, a atualização dos vetores de peso utilizados para a construção do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, além de divulgar e analisar as taxas mensais de inflação, de janeiro a maio de 2020, para as seis classes pesquisadas. De acordo com o indicador, nos cinco primeiros meses do ano, à exceção de fevereiro, a inflação da faixa de renda mais baixa manteve-se acima das registradas no segmento mais rico, refletindo que, embora tenha ocorrido queda de preços em diversos itens, a dos alimentos vem impactando mais fortemente o custo de vida dos mais pobres. No acumulado do ano, enquanto as famílias de renda mais baixa, registram uma taxa de inflação positiva de 0,45%, a faixa de renda mais alta aponta uma deflação de 0,45% – beneficiada pela queda nos preços do grupo transporte, em especial, dos combustíveis e das passagens aéreas. De fato, em maio, embora todas as classes tenham apresentado deflação, ela foi bem mais intensa no segmento mais rico da população (-0,57%), cuja taxa registrada foi três vezes menor que a observada na parcela composta por famílias de renda muito baixa (-0,19%). Com a incorporação desse resultado, no acumulado dos últimos doze meses, a inflação da classe de renda muito baixa mostra alta de 2,4%, situando-se 1,0 p.p. acima da registrada pela faixa de renda alta (1,4%).

NT_Tabela 4

NT_Gráficos

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Inflação por Faixa de Renda – Novembro/2019

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontou, em novembro, o segundo avanço consecutivo, na margem, em todas as classes pesquisadas. A análise desagregada, por segmentos de renda, no entanto, mostra que essa pressão inflacionária foi mais intensa para as famílias de menor poder aquisitivo (0,54%), quando comparadas às de renda mais alta (0,43%), repercutindo os reajustes dos grupos alimentação e habitação.

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Por certo, a alta de 8,1% das carnes em novembro contribuiu com 0,28 ponto percentual (p.p.) para a inflação das classes mais baixas, anulando, inclusive, o alívio inflacionário vindo da queda de 12,2% nos preços dos tubérculos. Adicionalmente, o reajuste de 2,2% das tarifas de energia elétrica – repercutindo a mudança da bandeira tarifária de verde para amarela – gerou uma contribuição de 0,12 p.p. para a inflação desse segmento. Ou seja, apenas os aumentos registrados nestes dois itens – carnes e energia elétrica – explicam mais de 70% de toda a alta inflacionária observada nesse segmento de renda. No caso das famílias mais ricas, embora o reajuste das carnes e da energia também tenha pressionado suas taxas de inflação, o menor peso desses itens em sua cesta de consumo acaba por aliviar seus impactos altistas. Em contrapartida, o aumento de 0,78% nos preços dos combustíveis, de 4,4% nas passagens aéreas e de 24,4% nos jogos lotéricos explica as maiores pressões dos grupos transportes e recreação sobre a inflação das classes mais altas.

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Veja texto completo sobre o resultado de novembro

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