Panorama da economia mundial

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos e Caio Rodrigues Gomes Leite

A resistência da inflação dos serviços nos Estados Unidos e a duradoura crise no setor imobiliário na China são dois dos principais temas na economia mundial, além dos problemas decorrentes das guerras em curso e do fenômeno climático El Niño. O texto também aborda a Área do euro, cujo crescimento está mais fraco do que nos Estados Unidos, embora com alguma heterogeneidade entre os países. A última seção analisa as principais variáveis macroeconômicas de Índia, Rússia, Japão e Canadá.240318_cc_62_nota_21_economia_mundial_graficos_14 _e_24

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Inflação por faixa de renda – fevereiro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontam que, na margem, houve uma aceleração da inflação, em fevereiro, para todas as classes de renda pesquisadas. Em termos absolutos, a maior taxa de inflação foi registrada no segmento de renda média alta (0,88%), refletindo, sobretudo, os reajustes das mensalidades escolares e dos combustíveis. Já a classe de renda muito baixa foi a que registrou a menor inflação no período, com taxa de 0,78%, impactada pelo aumento dos alimentos no domicílio e das tarifas de ônibus urbano e integração.

No acumulado em doze meses até fevereiro, enquanto as famílias de renda muito baixa apresentam a menor taxa de inflação (3,56%), a faixa de renda alta aponta a taxa mais elevada (5,44%).

240314_cc_62_nota_20_tabela

240314_cc_62_nota_20_graficos

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em fevereiro de 2024

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), fevereiro de 2024 apresentou um déficit primário de R$ 61,3 bilhões nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 129,8 bilhões nesse mês, crescimento de 20,8% em termos reais, comparativamente a fevereiro de 2023, ao passo que a despesa totalizou R$ 191 bilhões, acréscimo de 27,5% na mesma base de comparação. No acumulado do primeiro bimestre do ano, o resultado primário apresenta um superávit de R$ 18,7 bilhões, a preços constantes de fevereiro, ante o superávit de R$ 40,7 bilhões no mesmo período de 2023.

240313_cc_62_nota_19_tabela

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Retrato dos rendimentos do trabalho – resultados da PNAD Contínua do quarto trimestre de 2023

Por Sandro Sacchet de Carvalho

Os dados dos rendimentos do trabalho do quarto trimestre de 2023 apresentaram uma nova elevação em relação ao trimestre anterior, consolidando o aumento da renda no segundo semestre de 2023, após uma relativa estabilidade ao longo do primeiro. O crescimento interanual da renda habitual média foi de 3,1%. Estimativas mensais mostram que o rendimento médio real em dezembro de 2023 (R$ 3.100,00) foi 0,7% maior que o observado no mês anterior (R$ 3.078,00) e 3,3% superior ao valor de junho do mesmo ano, além de 3,9% maior que o valor registrado em dezembro de 2022 (R$ 2.985,00). Em janeiro de 2024, a estimativa mensal avançou para R$ 3.118,00. No segundo trimestre de 2023, a renda média se manteve acima da observada no mesmo trimestre de 2019 pela primeira vez desde a pandemia (0,6%). Já no quarto trimestre de 2023, a renda média superou o mesmo trimestre de 2019 em 2,1%.

Por grupos demográficos, os maiores aumentos na renda na comparação com o mesmo período de 2022 foram registrados no Norte e no Nordeste, entre os trabalhadores adultos (entre 40 e 59 anos) e com ensino médio completo. Apenas trabalhadores com ensino fundamental completo ou escolaridade inferior apresentaram queda na renda. O crescimento foi menor para os que habitam no Sul e no Centro-Oeste, os maiores de 60 anos, homens e os chefes de família.

Na análise por tipo de vínculo, foram os empregados sem carteira assinada que apresentaram o maior crescimento interanual da renda, com um aumento de 7,2%. Após alguns trimestres com forte elevação da renda, os trabalhadores autônomos obtiveram um aumento de 1,0% da renda em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Por sua vez, os trabalhadores do setor público mostraram um crescimento de 3,8%, e os empregados com carteira assinada, de 2,7%.

Por setor, no quarto trimestre de 2023, houve queda da renda nos setores de transporte e construção, com redução interanual da renda habitual de 1,7% e 3,8% respectivamente. Já os trabalhadores da indústria, comércio e administração pública mostraram crescimento superior a 4,5%. Destaca-se a recuperação da renda na agricultura, que cresceu 0,9% no quarto trimestre, após forte queda no trimestre anterior.

Após o pico de desigualdade causado pela pandemia, o índice de Gini se reduziu continuamente até o primeiro trimestre de 2022. No entanto, o segundo trimestre de 2022 apresentou uma reversão da queda da desigualdade da renda observada, que continuou no terceiro trimestre, tendo o índice da renda domiciliar se mantido relativamente estável desde então. No quarto trimestre de 2023, o índice de Gini da renda domiciliar subiu para 0,523. Já o índice de Gini da renda individual apresentou uma queda maior desde o terceiro trimestre de 2022 até o segundo trimestre de 2023 e elevou-se de 0,492 para 0,495 entre o terceiro e quarto trimestres de 2023.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de dezembro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, registrou um avanço de 2,1% na comparação entre dezembro e novembro na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre móvel encerrado em dezembro registrou expansão de 0,9% na comparação dessazonalizada – resultado já ajustado de acordo com as contas nacionais trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas comparações com os mesmos períodos de 2022, o indicador mensal apresentou quedas de 2,0% em dezembro, e de 4,4% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais apresentaram uma retração de 3,0% em 2023.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram uma alta de 3,1% em dezembro, encerrando o trimestre móvel com queda de 1,4%. Quanto a seus componentes, tanto a produção nacional quanto as importações registraram avanço em dezembro, com altas de 3,0% e 5,9%, respectivamente. Já na comparação em médias móveis, enquanto a produção nacional caiu 3,7%, a importação cresceu 1,9%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos encerrou 2023 com uma retração de 9,4%.

240308_cc_62_nota_17_tabela

240308_cc_62_nota_17_grafico

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Desempenho do PIB no quarto trimestre de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho e Monica Mora Y Araujo

O PIB, conforme divulgado pelo IBGE, cresceu 2,9% em 2023, com um aumento de 2,1% no quarto trimestre em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior e estabilidade quando cortejado ao terceiro trimestre de 2023, na série livre de efeitos sazonais. O desempenho do PIB no quarto trimestre do ano passado deixa um carregamento estatístico (carry-over) de 0,2% para 2024, ou seja, caso os próximos quatro trimestres apresentem crescimento nulo, o resultado acumulado ao final do ano seria de 0,2%.

No âmbito da produção, o setor agropecuário cresceu 15,1% no acumulado do ano, consubstanciando uma contribuição da ordem de 0,9 ponto percentual (p.p) para o crescimento do PIB em 2023. O quarto trimestre, todavia, revelou um fraco desempenho, com queda de 5,3% na série dessazonalizada e estabilidade na comparação interanual. Já o PIB de serviços manteve o ritmo de crescimento verificado no terceiro trimestre de 2023 e avançou 0,3% na margem no último trimestre de 2023, levando a um crescimento de 2,4% no acumulado do ano e a uma contribuição da ordem de 1,4 p.p. para o resultado do PIB. Em relação ao setor industrial, seu desempenho mostrou aceleração na margem, com avanço de 1,3%, resultado que sucedeu a alta de 0,6% no período anterior. Encerrando 2023 com alta de 1,6%, a atividade da indústria contribuiu com 0,4 p.p. no PIB. É relevante ressaltar, todavia, o caráter heterogêneo entre os seus subsetores. Enquanto as indústrias extrativas, o setor de eletricidade e gás e saneamento contribuíram de forma bastante positiva para o resultado agregado em 2023, o PIB da indústria de transformação colaborou negativamente.

240305_cc_62_nota_16_grafico

Acesse o texto completo

 



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) – janeiro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Tarsylla da Silva de Godoy Oliveira

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou taxa de variação de 0,69% em janeiro de 2024, situando-se 0,31 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2023, a variação foi 0,18 p.p. maior. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula variação de 1,35% nos últimos doze meses.

240305_cc_62_nota_15_icti_jan_24_tabela_1

240305_cc_62_nota_15_icti_jan_24_tabela_2

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – dezembro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou avanço de 1,4% na comparação entre dezembro e novembro na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão dos aumentos de 0,5% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e de 7,2% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela.

O bom desempenho em dezembro representou o segundo avanço consecutivo na série dessazonalizada. Com isso, o trimestre móvel encerrado em dezembro cresceu 0,6% na margem. Na comparação interanual, todavia, enquanto o indicador mensal caiu 1,9% contra dezembro de 2022, o indicador em médias móveis trimestrais recuou 1,2%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou baixa de 2,3% em 2023, contrastando com o cenário de estagnação apontado pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico.

240228_cc_62_nota_14_consumo_aparente_tabela_1

240228_cc_62_nota_14_consumo_aparente_grafico_1

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – novembro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou avanço de 0,9% na comparação entre novembro e outubro na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão do aumento de 1,4% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e da queda de 0,7% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela 1.

O bom desempenho em novembro compensou, em parte, a queda de 1,7% registrada em outubro. Com isso, o trimestre móvel encerrado em novembro caiu 1,0% na margem. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal cresceu 0,7% contra novembro de 2022, o indicador em médias móveis trimestrais recuou 1,5%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou baixa de 2,3%, contrastando com o cenário de estagnação apontado pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico 1.

240223_cc_62_nota_13_tabela

240223_cc_62_nota_13_graficos

 

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de novembro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos na construção civil e em outros ativos fixos, registrou queda de 0,5% na comparação entre novembro e outubro na série com ajuste sazonal. O resultado representou a sexta queda consecutiva na margem. Com isso, o trimestre móvel encerrado em novembro registrou retração de 3,3% na comparação dessazonalizada. Vale notar que o indicador se situa 22,9% abaixo do máximo atingido na série, verificado em abril de 2013.
Nas comparações com os mesmos períodos de 2022, o indicador mensal apresentou quedas de 8,4% em novembro e de 8,8% no trimestre móvel. Em relação aos primeiros onze meses de 2022, o resultado também é negativo (-3,7%). No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais apresentaram retração de 3,5% em novembro.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram avanço de 0,2% em novembro, encerrando o trimestre móvel com queda de 3,8%. Quanto a seus componentes, enquanto a produção nacional caiu 0,5% em novembro, a importação cresceu 4,9% no mesmo período. Já na comparação em médias móveis, tanto a produção nacional quanto as importações registraram recuo, com quedas de 2,5% e 10,9%, respectivamente. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos registrou retração de 8,8%.

240221_cc_62_nota_12_fbcf_tabela_1

240221_cc_62_nota_12_fbcf_grafico_1

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------