Por Maria Andreia Parente Lameiras, Carlos Henrique L. Corseuil e Sandro Sacchet de Carvalho
Nos últimos meses, os principais dados sinalizam que a retomada do mercado de trabalho brasileiro ganhou maior intensidade, conjugando uma expansão mais forte da ocupação, especialmente no mercado formal, além de uma queda simultânea da desocupação e da subocupação.
De acordo com a PNAD Contínua, do IBGE, observa-se que este melhor desempenho da ocupação vem sendo possibilitado não apenas pelo aumento da geração de postos de trabalho, mas também pelo recuo do número de demissões. De fato, no último trimestre de 2019, a proporção de ocupados que já se encontravam nesta situação no trimestre imediatamente anterior foi de 86,1%, o que significa o maior patamar de retenção de trabalhadores para este período desde 2014. Deve-se ressaltar, ainda, que, embora este aumento na retenção de ocupados venha ocorrendo em todos os segmentos, ele é um pouco mais expressivo no mercado formal. No quarto trimestre de 2019, a retenção de ocupados no setor formal da economia foi de 90,1%, o que constitui o pico da série, superando, inclusive, os períodos de maior dinamismo no mercado de trabalho brasileiro.
A análise dos microdados de transição da PNAD Contínua também indica que o crescimento do emprego formal nos últimos meses está associado a movimentações mais favoráveis nos fluxos de trabalhadores entrando ou saindo desta categoria. Por certo, após desacelerar de 15,4% para 8,7% entre 2014 e 2018, a parcela de trabalhadores que transitou da desocupação para o mercado formal no último trimestre de 2019 foi de 8,8%.
Acesso o texto completo com a análise detalhada sobre a conjuntura do mercado de trabalho