ADESÃO À ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, EXPORTAÇÕES E INVESTIMENTOS
UMA ANÁLISE EXPLORATÓRIA
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm25art3Palavras-chave:
OCDE, investimentos estrangeiros diretos, comércio, cadeias de valor globalResumo
Desde 2017, o governo brasileiro estabeleceu como objetivo a adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma instituição formada por 36 países membros que buscam discutir, difundir e alinhar melhores práticas em termos de governança e políticas públicas. A OCDE tem se expandido em anos recentes, tendo incluído dez países desde a década de 1990. É natural que haja interesse em conhecer os possíveis impactos dessa adesão sobre o desempenho econômico dos países. A literatura recente sobre cadeias globais de valor (CGVs) sugere que aspectos extratarifários que têm sido crescentemente incorporados a acordos comerciais tem beneficiado o crescimento dessas cadeias de valor. Neste artigo, utilizando técnicas econométricas diversas, fazemos uma análise exploratória do desempenho das exportações e dos investimentos estrangeiros diretos desses países, em comparação com o desempenho dos países que não aderiram à instituição. Encontramos efeitos significativos, ainda que modestos, sobre ambas as variáveis. Tendo em vista o grau de agregação, preferimos interpretar esses resultados como correlação, e não causalidade. De todo modo, o impacto limitado sugere que ganhos mais substanciais em termos de crescimento e exportações para uma economia como a brasileira requerem medidas de aprofundamento da integração em diversas dimensões, em particular na área de bens e serviços.
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