CONECTOGRAFIA E INFRAESTRUTURAS CRÍTICAS NA ZOPACAS
PROJEÇÃO DE PODER LATENTE
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm37art6Palavras-chave:
Atlântico Sul, Belt and Road Initiative, conectografia, infraestrutura crítica, ZopacasResumo
Este artigo investiga o Atlântico Sul como um espaço geoestratégico central para a projeção de poder por meio das infraestruturas críticas (ICs) em operação, construção ou planejamento nos países-membros da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas). A partir das lentes da geopolítica contemporânea, da geoeconomia e da geografia crítica, argumenta-se que as ICs – como portos comerciais, terminais de petróleo e gás, usinas hidrelétricas e termoelétricas, cabos submarinos de comunicação, redes de saneamento, data centers e corredores logísticos intermodais – operam como vetores ambivalentes, podendo fortalecer a integração regional e a soberania logística e, ainda, aprofundar a reprimarização econômica e a dependência tecnológica. O estudo utiliza dados sistematizados sobre as ICs litorâneas, analisando sua função, localização, nível de controle e vulnerabilidade ante os riscos climáticos e operacionais. Destaca-se o papel crescente da China como ator extrarregional, por meio da Belt and Road Initiative (BRI), com investimentos em ICs portuárias dotadas de tecnologias de automação e inteligência artificial. Conclui-se que a governança das ICs deve ser orientada por políticas de resiliência, inovação e cooperação Sul-Sul, capazes de superar a lógica extrativista e reforçar a soberania das nações atlânticas diante da reconfiguração das redes globais de infraestrutura.
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