O BRASIL NA CPLP
ENTRE INTERESSES, POTENCIALIDADES, DESAFIOS E INCONSTÂNCIAS DA COOPERAÇÃO EM DEFESA (1998-2024)
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm37art7Palavras-chave:
cooperação em Defesa, CPLP, Atlântico SulResumo
Este estudo busca analisar a atuação do Brasil na cooperação em Defesa no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), de 1998 a 2024. Avalia-se a hipótese de que houve uma evolução propositiva nas ações de cooperação em Defesa na CPLP. Argumenta-se que os Estados-membros propuseram primeiramente ações e iniciativas introdutórias, para, num segundo momento, trabalhar na consequente institucionalização destas ações, por meio da aprovação de documentos oficiais das áreas de cooperação. Os procedimentos metodológicos utilizados – pesquisa bibliográfica e documental, e entrevistas com questionários semiestruturados – identificaram que o Brasil tem atuado enquanto liderança, de modo compartilhado com Portugal, buscando priorizar: i) os seus interesses geopolíticos; ii) as possibilidades diplomáticas e econômicas; e iii) a solução gradual dos desafios normativos e orçamentários da comunidade. Como variável independente, tem-se a atuação do Brasil na cooperação em Defesa na CPLP. As variáveis dependentes são os interesses geopolíticos, consubstanciados na região do Triângulo Estratégico da CPLP; as possibilidades diplomáticas e econômicas, referentes à concertação política e ao mercado para produtos de Defesa; e os desafios normativos e orçamentários, relacionados à falta de diretrizes comuns de Defesa e às dificuldades de manutenção de pagamentos de cotas e contribuições anuais dos Estados-membros, os quais influenciam os avanços e recuos da variável independente.
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