FINANCIAMENTO CLIMÁTICO PARA UMA AGRICULTURA MAIS VERDE

UMA ESTRATÉGIA GANHA-GANHA

Autores

  • Michelle Márcia Viana Martins IPEA e UFV
  • Scarlett Queen Almeida Bispo IPEA e UNB
  • Fernanda Aparecida Silva IPEA e UFV
  • Heloisa Lee Burnquist USP
  • Angel Manuel Benitez Rodriguez Universidade Nacional de Assunção, Paraguai

DOI:

https://doi.org/10.38116/rtm34art12

Palavras-chave:

fundos climáticos, países em desenvolvimento, emissões de gases de efeito estufa, práticas sustentáveis

Resumo

Acordos internacionais, como o Acordo de Paris, obrigam os países desenvolvidos a apoiar financeiramente os países em desenvolvimento (PED) na mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e na adaptação às mudanças climáticas. No entanto, esses investimentos têm sido insuficientes, especialmente para projetos agrícolas sustentáveis, exigindo uma solução inteligente. Países com vasta produção agrícola e reservas florestais, como Brasil e Indonésia, são grandes contribuintes para as emissões de GEE através do desmatamento. O objetivo deste estudo é avaliar o papel do financiamento climático na assistência aos países em desenvolvimento (DCs) na mitigação das emissões de GEE e na adaptação às mudanças climáticas, particularmente no setor agrícola. A metodologia adotada inclui uma abordagem orientada para políticas, propondo o estabelecimento do mecanismo Sustain. Recomendamos o fortalecimento da gestão do financiamento climático para garantir que os PEDs alcancem metas ambiciosas de redução de GEE e adaptação às mudanças climáticas com um mecanismo Sustain (Financiamento Sustentável para Reflorestamento, Recuperação e Natureza). Como primeiro passo, o Grupo dos Vinte (G20) deve estabelecer o Sustain como uma modalidade de financiamento dentro do fundo climático, visando abordar questões relacionadas à agricultura e uso da terra. O Sustain servirá como uma plataforma internacional para atrair investimentos estrangeiros para preservação de ecossistemas e abastecimento alimentar nos PEDs. Recomendações-chave para a seleção de projetos incluem: priorizar PEDs envolvidos no comércio internacional e comprometidos com a produção sustentável; apoiar projetos que promovam práticas agrícolas de baixo carbono; desenvolver procedimentos de monitoramento e relatórios padronizados para reduções de emissões de GEE; incentivar a adoção de padrões internacionais de sustentabilidade agrícola; e garantir inclusão social e equidade de gênero nos benefícios dos projetos. O G20 deve cofinanciar esses projetos combinando seus recursos com outros investimentos.

Biografia do Autor

Michelle Márcia Viana Martins, IPEA e UFV

Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); e professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Scarlett Queen Almeida Bispo, IPEA e UNB

Pesquisadora do Ipea e mestranda em Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Brasília (UnB).

Fernanda Aparecida Silva, IPEA e UFV

Investigador do Ipea e professor da UFV.

Heloisa Lee Burnquist, USP

Professora da USP

Angel Manuel Benitez Rodriguez, Universidade Nacional de Assunção, Paraguai

Professor, Universidade Nacional de Assunção, Paraguai.

Publicado

2024-04-30

Como Citar

Márcia Viana Martins, M. ., Queen Almeida Bispo, S. ., Aparecida Silva, F., Lee Burnquist, H., & Manuel Benitez Rodriguez, A. . (2024). FINANCIAMENTO CLIMÁTICO PARA UMA AGRICULTURA MAIS VERDE: UMA ESTRATÉGIA GANHA-GANHA. Revista Tempo Do Mundo, (34), 317-344. https://doi.org/10.38116/rtm34art12