O PAPEL DO G20 EM FORTALECER A COOPERAÇÃO E O APRENDIZADO MÚTUO PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
THE ROLE OF BRAZIL’S G20 PRESIDENCY
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm34art4Palavras-chave:
pobreza, fome, CSS/CSST, aprendizado mútuo, universalidade, G20Resumo
A Aliança Global contra a fome e a pobreza lançada pela presidência brasileira do Grupo dos Vinte (G20) baseia-se numa longa história de esforços do G20 para enfrentar a insegurança alimentar e nutricional em escala global. No entanto, ao contrário de iniciativas anteriores centradas principalmente na contribuição do G20 para combater a fome nos países de baixa renda, a Aliança Global tem o potencial para inovar de forma significativa, fortalecendo o aprendizado mútuo para a ação política doméstica nos países do G20, ao mesmo tempo que reforça a Cooperação Norte-Sul, Sul-Sul (CSS), e Trilateral (CSST). A fome e a pobreza não se limitam aos países de baixa renda. A insegurança alimentar grave aumentou em todas as regiões do mundo em 2021, incluindo em lugares com renda elevada, e em todos os países do G20. A partir da experiência do Reino Unido, argumentamos que dado o caráter universal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o fato do mundo estar longe de alcançar o ODS 2 de Fome Zero deveria encorajar os países do G20 a apoiarem a ação multilateral em nível global, intensificando simultaneamente o aprendizado político para apoiar seus próprios esforços para enfrentar esses desafios no contexto doméstico. Nas últimas décadas, a CSS e a CSST permitiram que muitos países do “Sul Global”, entre os quais o Brasil, partilhassem conhecimentos sobre políticas eficazes no combate à fome e à pobreza. Baseamo-nos em dois exemplos ancorados na experiência do Brasil com um forte envolvimento da sociedade civil e da academia, e propomos uma estratégia para aumentar o potencial da cooperação internacional para promover a aprendizagem mútua sobre a fome e a redução da pobreza entre os países do G20, bem como ações dos membros do G20 para apoiar outros países e fortalecer os esforços multilaterais liderados pelas Nações Unidas (ONU). Discutimos também os riscos e oportunidades para a Aliança apoiar a expansão de inovações em escala local e nacional para abordar desigualdades enraizadas e interseccionais.
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