REDES TRANSNACIONAIS NA PRODUÇÃO DA POLÍTICA EXTERNA
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm33art2Palavras-chave:
Atores não estatais, redes transnacionais, políticas públicas, política externa, produção de políticasResumo
O campo da análise de políticas públicas (APP) tem, há décadas, destacado o papel de uma diversidade de atores não estatais na produção das políticas. Para os estudiosos da política externa, contudo, esta continua sendo uma questão periférica, ainda que, em muitos casos, a política exterior tenha se politizado a ponto de despertar o interesse e o ativismo por parte de variados atores da sociedade civil. Com o objetivo de preencher parte dessa lacuna, este trabalho busca, de maneira exploratória, discutir as razões, lógicas e interesses das redes transnacionais em suas tentativas de pautar o processo de produção da política externa. Para tanto, o artigo está estruturado em três seções. Na primeira, é apresentada uma radiografia dos estudos sobre as policy networks desenvolvidas no campo da APP, que trata brevemente da questão conceitual, discute a diversidade das redes, analisa as suas formas de atuação e tenta entender como se organiza, propriamente, o subcampo analítico. A segunda seção discute como as redes transnacionais têm sido compreendidas no campo acadêmico das relações internacionais (RI). Feita uma apreciação mais geral, a seção foca nas comunidades epistêmicas e nas chamadas transnational advocacy networks, ressaltando seus objetivos, estratégias e formas de atuação. Na terceira e última seção, são selecionadas duas tipologias para que sejam apontadas, de maneira hipotética, as variadas maneiras e os momentos em que as redes transnacionais podem impactar a produção da política externa dos Estados nacionais.
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