AMAZÔNIA, DO EXTRATIVISMO E ILEGALIDADES À BIOECONOMIA CIRCULAR

Autores

  • Danielle Mendes Thame Denny Universidade de São Paulo – USP
  • Michelle Márcia Viana Martins Universidade Federal de Viçosa
  • Heloisa Lee Burnquist Universidade de São Paulo – USP

DOI:

https://doi.org/10.38116/rtm27art5

Palavras-chave:

Amazônia, bioeconomia circular, desenvolvimento sustentável, desmatamento

Resumo

A Amazônia legal brasileira é uma região de grande dimensão e com diversas carências, muitas das quais fazem com que a região apresente um dos piores indicadores de desenvolvimento humano. Neste artigo argumenta-se que enquanto a Amazônia não tiver uma economia próspera na qual seja lucrativo manter a floresta em pé, medidas conservacionistas serão inócuas. Para abordar essa temática é importante considerar algumas particularidades, como as relacionadas a investimentos responsáveis, bioeconomia circular, mercado internacional, redução do desmatamento, produção de commodities, e extração e cultivo de bioinsumos. A Amazônia Legal brasileira é uma região de grande dimensão, porém com diversas carências, apresentando um dos piores indicadores de desenvolvimento humano no Brasil. Este artigo evidencia que, enquanto a Amazônia não tiver uma política adequada para tornar a região economicamente viável, medidas conservacionistas serão inócuas para manter a floresta em pé. Os investimentos responsáveis, não têm sido suficientes para promover o desenvolvimento econômico da região. Destaca-se a necessidade de preservar a natureza e aumentar a qualidade de vida da população amazônica, eliminando o desmatamento e atividades extrativas ilegais. Tem sido difícil identificar investimentos que tragam ganhos reais de sustentabilidade e melhor opção financeira que os produtos extrativos. Os resultados da análise mostraram ser preciso um esforço combinado entre iniciativas públicas e privadas para aumentar a responsabilidade ambiental social e corporativa das empresas que compõem cadeias de valor global, melhorar o ambiente institucional, catalisando medidas sócio e ambientalmente responsáveis para a criação de uma bioeconomia circular sustentável pujante na região amazônica. Para tal, o texto aborda aspectos relacionados a investimentos responsáveis,
bioeconomia circular, mercado internacional, redução do desmatamento, produção de commodities,
regularização fundiária, extração e cultivo de bioinsumos.

Biografia do Autor

Danielle Mendes Thame Denny, Universidade de São Paulo – USP

Pós-doutoranda em Economia pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), Piracicaba, Brasil; e pesquisadora visitante do Centro de Direito Ambiental da Ásia Pacífico, Universidade Nacional de Cingapura.

Michelle Márcia Viana Martins, Universidade Federal de Viçosa

Economista (UFV) e doutora em Economia Aplicada (ESALQ/USP). Assistente de pesquisa na Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dinte/IPEA) e Professora adjunta do Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa​.

 

Heloisa Lee Burnquist, Universidade de São Paulo – USP

Professora titular do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP, com doutorado pela Universidade Cornell.

Publicado

2022-03-18

Como Citar

Denny, D. M. T., Martins, M. M. V., & Burnquist, H. L. (2022). AMAZÔNIA, DO EXTRATIVISMO E ILEGALIDADES À BIOECONOMIA CIRCULAR. Revista Tempo Do Mundo, (27), 127-164. https://doi.org/10.38116/rtm27art5