A PLURALIDADE INSTITUCIONAL COMO FERRAMENTA POLÍTICA NA AMÉRICA DO SUL
SOBREPOSIÇÕES ORGANIZACIONAIS E FRAGMENTAÇÃO REGIONAL
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm23art2Palavras-chave:
regionalismo, América do Sul, blocos regionais, sobreposição institucional, fragmentaçãoResumo
O presente artigo analisa os significados da pluralidade de organizações regionais na América do Sul para a construção de um projeto de região, com o objetivo de refletir acerca das implicações do chamado overlapping regionalism, ou regionalismo sobreposto, demonstrando suas contribuições para as crises institucionais, estagnação e colapso de alguns processos, atentando para a possibilidade de desintegração, ou fragmentação. O pressuposto aqui apresentado é de que a profusão de processos de regionalismo na América do Sul, e sua consequente sobreposição de atuações e afiliações entre os blocos, especialmente no que diz respeito às experiências das primeiras décadas do século XXI, tenderia a se perpetuar, uma vez que, considerados os processos, atores e agendas, as sobreposições serviriam como ferramenta aos interesses políticos dos governos da região, que podem priorizar suas atuações entre os projetos, de acordo com as estratégias daquele determinado momento, evitando o aprofundamento e os consequentes constrangimentos de um projeto integrado. Buscamos demonstrar esse aspecto a partir da ótica dos principais processos de regionalismo da América do Sul, como MERCOSUL, UNASUL, CAN e Aliança do Pacífico, e de seus desdobramentos, a partir das implicações das sobreposições organizacionais, tendo em vista o contexto de crise atual.
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