ENTRE APROXIMAÇÕES E RUPTURAS
AS GUINADAS NA INTEGRAÇÃO REGIONAL
DOI:
https://doi.org/10.38116/rtm23art7Palavras-chave:
integração regional, organização internacional, capitalismo, política externa, desenvolvimentoResumo
A integração regional flutua no plano das ideias entre Bolívar e Monroe. Com aproximações e rupturas, a concretização da cooperação ocorre dentro das margens concedidas pela economia política liberal, o chão dos processos integracionistas. Dentro dessa dinâmica, a política externa brasileira sofreu atualmente mais uma brusca correção de rumos. De 2016 em diante a preocupação da chancelaria brasileira foi desfazer a anterior. A ruptura evidencia o resgate de uma postura de alinhamento automático, associativa às grandes potências ocidentais, como os Estados Unidos e sua esfera de aliados, em detrimento da autonomia e pragmatismo de outrora. Novos foros de integração emergem, como o ProSul, enquanto outros decaem, como a UNASUL, e outros são redirecionados, como o MERCOSUL. A mudança ocorre em um contexto internacional de crise econômica e de um nítido acirramento das tensões geopolíticas em torno da disputa pela hegemonia. Em função disso, este artigo tem dois objetivos: um mais amplo, que é alicerçar a política externa brasileira ao panorama atual do capitalismo, aquele do pós-Guerra Fria, o do pós-fordismo, e dentro desse universo, um mais específico, o de apontar as transformações ocorridas em termos de integração regional (grande questão do pós-1991). Por meio da ferramenta da teoria materialista do Estado é que se pretende dissipar as aparências para se chegar à essência do fenômeno da política externa para integração regional no capitalismo.
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