PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO E A CRISE DE CUIDADOS DA MODERNIDADE:
CONEXÕES DIVERSAS
Palavras-chave:
gênero, mundo do trabalho, cuidados, divisão sexual do trabalho.Resumo
O objetivo deste artigo é investigar como a dinâmica social da divisão sexual do trabalho tem fragilizado papéis socialmente instituídos e contribuído com a gênese de uma crise de cuidados na sociedade brasileira. Para tanto, utilizou-se a análise descritiva de dados do Censo Demográfico, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e do Censo Escolar da Educação Básica, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os achados apontam que, ao longo da história, as mulheres assumiram o papel “natural” de prover cuidados, e os homens, por sua vez, encarregaram-se do sustento financeiro do lar, o que delineou um modelo de homens provedores e mulheres cuidadoras. Com o decorrer do tempo, tal modelo foi sendo enfraquecido no Brasil, apesar da presença ainda forte e do nascimento de novas formas da divisão sexual do trabalho. Porém, as novas configurações de tal divisão não põem fim à tensão na provisão de cuidados que acompanha a entrada massiva das brasileiras no mercado de trabalho e o envelhecimento populacional, que, em conjunto, contribuem com a possibilidade de uma crise de cuidados nas sociedades modernas. Não havendo perspectivas de reversão em tal crise e entendendo a importância da liberação das mulheres para o trabalho produtivo, soluções devem ser buscadas por meio de uma Política Nacional de Cuidados.
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