ESTREITAMENTO DOS DIFERENCIAIS DE SALÁRIOS E AUMENTO DO GRAU DE DISCRIMINAÇÃO:
LIMITAÇÕES DA MENSURAÇÃO PADRÃO?
Palavras-chave:
Discriminação Racial e por Gênero, Discriminação entre Empregados Formais e Informais, Decomposição de Oaxaca-Blinder, Hiato Salarial por Gênero e Raça nos Mercados de Trabalho Formal e InformalResumo
O objetivo deste artigo é estimar a incidência e a evolução recente da discriminação racial e por gênero nos mercados de trabalho formal e informal no Brasil entre 2002 e 2006. Assim, mensuramos os diferenciais de rendimentos por meio da decomposição de Oaxaca-Blinder, com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e confirmamos a prática discriminatória. Os resultados indicam a redução do hiato salarial dos grupos discriminados entre 2002 e 2006, exceto para mulheres brancas; contudo, o componente da discriminação aumenta em igual período para elas. A despeito das limitações do método de Oaxaca-Blinder, destacamos a maior resistência ao fechamento do hiato salarial entre homens brancos e mulheres brancas e a estabilidade da diferença entre o salário observado e o a ser pago na ausência de discriminação, exceto entre homens brancos e mulheres negras. O componente de discriminação entre os homens brancos e os demais grupos é maior no mercado de trabalho formal do que no informal, indicando as dificuldades de se quebrar preconceitos e privilégios nos postos de trabalho de melhor qualidade.
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