TRANSFERÊNCIAS DE RENDA E EMPREGOS PÚBLICOS NA ECONOMIA SEM PRODUÇÃO DO SEMIÁRIDO NORDESTINO
Palavras-chave:
Economia sem Produção, Semiárido, Programa Bolsa FamíliaResumo
Este artigo procura mensurar qual seria o tamanho das transferências de renda diretas para
a região do semiárido nordestino, a chamada economia sem produção. O capítulo 5 do livro
Velhas secas em novos sertões, de Gustavo Maia Gomes (2001), é a referência para esta obra,
em que se atualizou os dados encontrados por Gomes em 1997. Naquele trabalho, definia-se a economia sem produção como formada pelos salários dos aposentados e funcionários públicos. Posteriormente, foi criado o Programa Bolsa Família (PBF), tendo o valor dos benefícios pagos às famílias sido incluído neste trabalho como mais um agente constitutivo da economia sem produção. Estas três fontes representam a maior fonte de renda do semiárido, muito superiores ao tradicional setor agropecuário da região. Chegamos, assim, ao mesmo resultado encontrado por Gomes em seu livro. Entretanto, constatamos que houve considerável crescimento das transferências em relação a outros indicadores como a massa salarial total, transferência por habitante, emprego público em relação ao emprego formal total, entre outros indicadores econômicos e sociais, no período 1997-2005. Corrigindo pela inflação os valores encontrados para os aposentados e funcionários públicos para 2007, e somando-os ao valor dos benefícios do PBF, observa-se que a economia sem produção praticamente dobrou de tamanho em relação à primeira estimativa feita dez anos antes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Planejamento e Políticas Públicas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC-BY), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
A PPP não paga royalties de direitos autorais. Os nomes de seus autores são resguardados até a publicação online. Não há proibição na reprodução/cópia dos textos; entretanto, é necessário que seja citada a fonte quando da citação e/ou divulgação total ou parcial das matérias publicadas. Caso não seja cumprida esta orientação, o editor, em nome do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fará uma advertência por escrito àquele que desrespeitou este regulamento.
Todo o conteúdo publicado pela PPP em Revista está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.