A DISCRIMINAÇÃO DA MULHER NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DO RENDIMENTO NO TRABALHO NA BAHIA VERSUS BRASIL NO PERÍODO DE 2001 E 2015
DOI:
https://doi.org/10.38116/ppp60art9Palavras-chave:
mercado de trabalho, discriminação salarial, gênero e cor, Bahia versus BrasilResumo
O objetivo deste artigo assenta-se por investigar a discriminação no mercado de trabalho que afeta sobremaneira a população negra, mais especificamente, as mulheres negras, confrontando seus indicadores com o grupo populacional oposto, homens brancos, além das mulheres brancas e dos homens negros. Toma-se como recorte espacial o estado da Bahia, por se apresentar entre as Unidades da Federação com um quadro demográfico majoritariamente composto por afrodescendentes, contrapondo suas estimativas com a estatística brasileira nos anos de 2001 e 2015, a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A estratégia empírica engloba a correção do viés de seleção amostral, procedimento proposto por Heckman (1979) no formato cross-section, e por fim, a decomposição do diferencial de salários proposta por Oaxaca (1973) e Blinder (1973). Os resultados indicam, como preconizado pela literatura especializada, a existência de retornos salariais distintos, onde as mulheres negras do estado da Bahia experimentam uma depreciação salarial decorrente, em parte, da dupla discriminação de gênero e cor. As estimativas apontam, nos períodos analisados, a predominância de fatores discriminatórios na Bahia e no Brasil, mas com significativas reduções. Entretanto, esse recuo no efeito não explicado apresenta-se mais expressivo no estado da Bahia, se comparada às estimações realizadas para o conjunto do país.
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