O acesso a bens duráveis e tecnologias da informação apresenta diferenças em relação a raça, gênero, renda e território. Ter determinados bens e serviços revela o alcance e a circulação das informações, os arranjos e dinâmicas familiares e as vulnerabilidades socioeconômicas.
A posse de máquina de lavar roupas cresceu entre 2016 e 2022. Quanto mais elevada a renda domiciliar, maior é o acesso a esse bem. Entretanto, independentemente da renda, a população branca possui o maior percentual de obtenção deste eletrodoméstico.
Em 2022, apenas 36,6% das famílias pobres, com renda domiciliar por pessoa de até ¼ de salário-mínimo, tinham máquina de lavar roupas, enquanto 94,5% das famílias mais ricas, com renda domiciliar por pessoa de 8 salários-mínimos ou mais, tinham esse item. Entre as famílias pobres, enquanto apenas 31,8% daquelas com responsável negro tinham máquina de lavar roupas, 52% das famílias com responsável branco tinham esse item.
O acesso à internet apresentou uma elevação significativa em comparação aos cinco anos anteriores. A proporção da população de 10 anos ou mais de idade que tinha um telefone móvel para uso pessoal com acesso à internet se elevou de 61,9% em 2016 para 83,1% em 2022. A população rural apresenta um percentual significativamente menor em relação à população urbana. Em 2022, 85,7% da população urbana acima de 10 anos tinha celular com internet enquanto apenas 65,9% da população rural o tinha.
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Título | Autoria | Ano |
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A concretização das desigualdades: disparidades de raça e gênero no acesso a bens e na exclusão digital | Layla Daniele Pedreira de Carvalho | 2013 |
Mulheres e comunicação no Brasil: 1995 a 2015 | Nina Madsen | 2020 |
Dimensões da experiência juvenil brasileira e novos desafios às políticas públicas | Luis Claudio Kubota, Alexandre Fernandes Barbosa, Fabio Senne e Izabella Mendes Hatadani | 2016 |