O setor de serviços e o emprego na crise
Publicado em 13/10/2009 - Última modificação em 13/12/2023 às 09h00
Radar nº 04
Nos países emergentes, a crise econômica internacional teve um impacto relativo muito menor do que nas economias desenvolvidas. No Brasil, em particular, a economia vem se recuperando com bastante rapidez. Neste texto examina-se como o emprego no setor de serviços foi impactado pela crise. Serão analisados o comportamento dos diferentes segmentos que compõem este complexo setor, a dimensão regional, o impacto no tamanho das empresas, e alguns dados sobre a escolaridade dos empregados. Também será analisado o modo pelo qual está se dando o comportamento pós-crise, segundo as citadas dimensões, bem como se as medidas anticrise tomadas pelo governo visando apoiar a indústria tiveram efeitos sobre o setor de serviços.
O setor de serviços no Brasil cresceu muito nos últimos anos, refletindo um processo registrado em todo o mundo. Conforme a tabela 1, no início de 2008 os serviços representavam 36,3% das firmas brasileiras dos setores analisados neste estudo – comércio, indústria e serviços mercantis –, e 35,7% do pessoal ocupado. Entretanto a mesma tabela mostra que, se o setor é o mais expressivo em pessoal ocupado, a sua produtividade é a mais baixa (consoante última linha da tabela 1), fenômeno causado por uma heterogeneidade produtiva, pois o setor é diversificado e sua composição extremamente abrangente.
Autores: João Maria de Oliveira e Luiz Claudio Kubota