Davi x Golias: uma análise do perfil inovador das empresas de pequeno porte
Publicado em 12/04/2013 - Última modificação em 12/12/2023 às 15h12
Radar nº 25
Desde que Schumpeter reviu seu conceito sobre a importância da pequena empresa como agente central na promoção do desenvolvimento tecno-econômico, os estudos sobre a geração e a difusão de inovações têm enfatizado o papel das grandes firmas. Em sua fase inicial – conhecida como Schumpeter marco I –, o autor argumentou que inovações radicais seriam promovidas por empresas de pequeno porte, por meio da atuação de empresários visionários que romperiam com os paradigmas tecnológicos vigentes (a “destruição criativa”). Mais que o efeito da geração em si destas inovações, o desenvolvimento seria resultado de sua difusão pelo ambiente econômico. Posteriormente – em etapa denominda como Schumpeter marco II –, o autor passou a destacar o papel central das grandes firmas como motor da geração de novas tecnologias e, consequentemente, do crescimento econômico, em processos conhecidos como “acumulação criativa”. Grandes empresas teriam maior capacidade em lidar com os riscos financeiros inerentes a projetos inovadores, apresentando vantagens em relação às pequenas firmas na realização de tais investimentos (Fagerberg, 2006; Vaona e Pianta, 2008; Botelho, Maia e Pires, 2012).
Autores: Graziela Ferrero Zucoloto e Mauro Oddo Nogueira