O Setor Financeiro Nacional Possui Poder de Mercado (Mark-Ups) Superior ao Setor Industrial da Economia Brasileira?
Publicado em 25/08/2020 - Última modificação em 06/12/2023 às 13h10
Radar nº 63 – Agosto de 2020
Há uma recorrente discussão na economia brasileira de que os diferenciais entre os custos de captação de recursos e os custos de empréstimos concedidos praticados no Sistema Financeiro Nacional (SFN) são elevados em decorrência da prática da formação de preços dos serviços financeiros por meio de excessivo exercício do poder de mercado dos bancos, e que as margens de receitas dos bancos em relação aos seus custos são expressivamente mais altas em comparação às demais atividades econômicas brasileiras. Este texto visa explorar técnicas de mensuração do diferencial entre as margens de resultado da atividade financeira em relação aos seus custos por meio da metodologia de mark-ups apresentada por Jan De Loecker e Frederic Warzynski. Além disso, avalia-se aqui se algumas empresas que compõem o SFN, sobretudo as de intermediação e concessão de créditos, possuem uma estrutura de relação de preços e custos que são discrepantes de demais atividades da economia, em particular o setor industrial brasileiro.
Autores: Eric Jardim