Balbim, Renato Nunes;
Habitação: Artigos.
Habitação.
Demografia. População.
Publicado em: Mar-2024
A característica internacional das cidades é intrínseca, dando relevância a seu papel geopolítico no cenário global. A recente criação e relevância de um espaço interconectado de cidades que pode ou não ser influenciado por Estados-nações tem fomentado pesquisas sobre as relações internacionais protagonizadas por cidades. O objetivo deste artigo é apresentar a diplomacia das cidades para além da diplomacia ocidental. Buscamos conceituar e categorizar a diplomacia das cidades, suas estratégias e agentes desde seu surgimento. Tendo como foco o Brasil, busca-se compreender de que maneira o Sul global tem se engajado nesse campo. Considerando que o território das cidades é central para estratégias globais de produção e acumulação, por vezes a diplomacia das cidades encontra-se em meio a contradições, num campo de forças em que grandes corporações, Estados-nações, agências multilaterais, organizações não governamentais (ONGs) e cidadãos disputam espaços de poder e visões da cidade e de mundo. Este cenário leva à formação de redes: i) de projeto; ii) corporativas; e iii) de cidades. As cidades brasileiras têm se postado internacionalmente como consumidoras do mundo, muito mais do que produtoras; entretanto, outras cidades do Sul global buscam inserir-se como produtoras de soluções globais a partir da valorização de estratégias locais. De um modo geral, o campo de estudos sobre a diplomacia das cidades demanda avanços teóricos e metodológicos para compreender este complexo fenômeno.
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