Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Economia. Desenvolvimento Econômico

Política do governo e crescimento da economia brasileira : 1889-1945

Villela, Annibal Villanova; Villanova, Annibal;


Economia. Desenvolvimento Econômico: Livros.

Economia. Desenvolvimento Econômico.

Publicado em: 1975


Política do governo e crescimento da economia brasileira : 1889-1945

O presente estudo demonstra que a resposta a essa indagação deve ser muito mais negativa que afirmativa. Para chegar a essa conclusão, os autores, baseados em farta documentação estatística, examinaram toda a evolução da economia brasileira naquele período, empreendendo uma análise simples que, prudentemente, evita as sofisticadas formulações teóricas preconcebidas, ajustando-se à realidade. O enfoque utilizado consiste em, partindo do estudo da política econômica governamental (monetária, fiscal, cambial e aduaneira), julgá-la como instrumento de promoção e sustentação do crescimento econômico, para, em seguida, avaliar seus efeitos sobre as tendências e modificações estruturais da economia. Cientes, contudo, de que o julgamento do passado com os instrumentos de análise do presente, embora inevitável, pode levar a exageros, os autores procuram abrandar a crítica às formulações de política econômica do passado, levando em conta o conhecimento e a difusão da ciência econômica à época. O traço marcante da política econômica governamental no período estudado foi a conduta orientada ao objetivo de atingir metas tradicionais, como o equilíbrio orçamentário do Governo Federal e a estabilidade monetária e cambial. Problemas importantes, tais como a falta de instituições apropriadas para o financiamento do desenvolvimento industrial, só receberam atenção na segunda metade da década de 1930 e, mesmo assim, de forma insuficiente. No entanto, foi sobretudo a orientação da política econômica relacionada com o comportamento do café no mercado internacional que apresentou maiores contradições em sua influência sobre o crescimento de longo prazo da economia. Por um lado, subsidiou a formação de um setor industrial de duas maneiras principais. Primeiro, diretamente, fornecendo capacidade empresarial e gerando as poupanças necessárias para a formação de capital. Segundo, indiretamente, pelas desvalorizações cambiais que muitas vezes impunha, as quais representavam uma importante (talvez a mais importante) proteção adicional à produção interna de manufaturas. Por outro lado, contudo, foi responsável por sérias distorções na estrutura da produção agrícola e por, pelo menos, um longo período (1929-1940) de estagnação na renda real per capita do país.

MAIS DETALHES * Abrirá no Repositório do Conhecimento do Ipea, em nova página.

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