Brasil. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Zucoloto, Graziela Ferrero;
Saúde: Relatórios de Atividades / Técnicos.
Publicado em: Jan-2025
O desenvolvimento científico e tecnológico em saúde engloba a criação de novos produtos e a transferência de tecnologia para a produção e o registro de medicamentos, vacinas e equipamentos. Entre 2008 e 2017, o setor farmacêutico brasileiro registrou um expressivo aumento nos investimentos em inovação, com destaque para as empresas nacionais, que aumentaram seus dispêndios em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 171,5%. As políticas públicas, como o poder de compra do Ministério da Saúde e as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo, desempenham papel fundamental no estímulo à inovação e produção nacional. Apesar do crescimento, o setor farmacêutico ainda enfrenta desafios importantes. A distância tecnológica entre o Brasil e os países desenvolvidos é grande, com o Brasil destinando 4,6% de suas vendas para P&D, ante os 16,5% dos países líderes em biofarmacêutica. O déficit comercial do setor também é preocupante, com as importações superando significativamente as exportações, resultando em um saldo comercial negativo que chega aos R$ 10 bilhões. Com o aumento da demanda por biofármacos, que requerem processos mais complexos e custos elevados, o Brasil possui uma oportunidade única. A presença do Sistema Único de Saúde (SUS), aliada ao poder de compra centralizado do Estado e à atuação de laboratórios públicos, possibilita a absorção de tecnologias e produção nacional, promovendo a inovação, a competitividade e a segurança sanitária do país.
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