Silva, Luiz Carlos Eichenberg (Coordenador); Arias, Alfonso Rodriguez (Colaborador); Porto, Emmanuel Cavalcante (Colaborador); Benatti, Helena Maria (Colaborador); Silva, Lorena Bernadete da (Colaborador); Santos, Maria Goreti dos (Colaborador); Theodoro, Mário Lisbôa (Colaborador); Pinto, Marly I. dos Santos (Colaborador); Costa, Paula de Souza (Colaborador); Zamboni, Roberto Aricó (Colaborador); Camargo, Sebastião Francisco (Colaborador); Calheiros, Selma Maria Gabriel (Colaborador); Barbosa, Maria Alice Cunha (Colaborador);
Desenvolvimento Social: Livros.
Publicado em: Ago-1992
Já existe hoje consenso de que o comportamento errático da economia nos anos 80 marcou a inflexão das taxas de crescimento acelerado ininterrupto que prevaleceram nas três décadas anteriores. Cunhou-se até mesmo a expressão "década perdida" para caracterizar esse período conturbado para a sociedade brasileira. Este documento explora a situação social do país, a partir de indicadores construídos para os pontos extremos da década: 1981 e 1989. O objetivo principal é o de examinar a evolução da pobreza no período considerado, tanto no que se refere à ótica da insuficiência de renda quanto no que tange às condições gerais de vida da população. A análise realizada confirma a tese de que, apesar dos surtos de crescimento da segunda metade da década, o balanço final foi desfavorável, apontando para uma deterioração da situação econômica do país nesse período. Entretanto, do ângulo dos indicadores sociais a percepção generalizada do aumento da pobreza não se mantém, já que alguns deles indicam melhoria nas condições da vida. Tudo isso conduz à necessidade de abordagens mais abrangentes da questão da pobreza e da desigualdade. O acesso aos serviços públicos essenciais (água, esgoto, habitação, escola, saúde etc.) traz grandes diferenças na configuração da dimensão da pobreza, além da insuficiência de renda. Esses serviços são, em grande parte, uma atribuição do Estado. Assim, o nível do investimento deste na área social torna-se um elemento central para a melhoria das condições de vida de significativa parcela da população. A redução dessas despesas, como parece ser o quadro atual, poderá trazer consequências ainda mais graves para os segmentos mais pobres no futuro.
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