Nonnenberg, Marcelo José Braga; Mendonça, Mario Jorge Cardoso de; Rezende, Gervásio Castro de (Comentários);
Comércio Internacional: Livros.
Publicado em: Mar-1999
Um dos principais argumentos contrários à criação de acordos regionais de integração comercial está na ocorrência de desvio de comércio, ou seja, a troca de um fornecedor mais eficiente externo ao bloco por um outro menos eficiente pertencente ao bloco, mas que é favorecido pelo diferencial de tarifas externas. Entretanto, é verdade que a literatura também aponta dentre os efeitos de acordos desse tipo a criação de comércio, que vem a ser o aumento das importações dos países do bloco em virtude da redução do nível global de proteção. Representantes do governo norte-americano têm insistido em que o principal efeito do Mercosul foi o desvio de comércio, sem no entanto apontar evidências comprobatórias. O que se observa, contudo, é uma grande expansão do comércio, tanto intra quanto extra-regional, dos quatro países que compõem o bloco. Domesticamente, uma preocupação que cercou a criação do Mercosul foi a possibilidade de perdas acentuadas da produção no caso da agricultura brasileira, principalmente nas culturas típicas da região Sul. Esses dois conjuntos de preocupações sugerem ser fundamental estimar quais foram os efeitos de criação e desvio de comércio para os principais produtos agrícolas e nisso consiste o objetivo deste trabalho. Ressalta dos dados que a criação de comércio superou amplamente o desvio de comércio, tanto individualmente quanto para o conjunto dos seis produtos analisados (trigo, algodão, arroz, bovino, leite e milho).
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