O ritmo de crescimento registrado pelo produto interno bruto (PIB) na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2024 nos surpreendeu positivamente, assim como os demais analistas. Diferentemente do que considerávamos provável à época, os efeitos das enchentes no Sul, particularmente em termos agregados, parecem ter se exaurido no curto prazo, gerando apenas volatilidade ao longo do segundo trimestre – com quedas acentuadas em maio sendo seguidas de fortes crescimentos em junho nos indicadores mensais de atividade econômica. Com relação ao nosso diagnóstico à época, o crescimento da economia em 2024 continua liderado pela demanda interna, com maior participação dos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico, estimulados até então pela trajetória de queda nas taxas de juros e por políticas de sustentação de renda do governo.