A retomada do crescimento econômico no Brasil exige uma política agrícola que atenda simultaneamente à expansão das exportações, ao aumento da produção de biomassa para fins energéticos e ao abastecimento interno adequado. Essa política deve ser compatível com as políticas macroeconômicas de estabilização, levando em consideração as restrições fiscais e monetárias. A manutenção dos níveis atuais de subsídio ao crédito rural é considerada crucial para atingir esses objetivos. Essa mudança na política econômica para a agricultura representa uma transformação significativa em relação à abordagem anterior e requer medidas compensatórias para garantir o crescimento agrícola. A análise do papel do crédito rural subsidiado é apresentada como base para a formulação de medidas de estímulo, incluindo a estabilização de renda e a manutenção de preços agrícolas elevados, bem como a liberalização do comércio exterior de produtos agrícolas. Além disso, destaca-se a necessidade de uma política específica para alimentos básicos, com base na experiência insatisfatória da década de 70, e propõe medidas de apoio ao setor de alimentos.