Schwengber, Angela M.;
Desenvolvimento Social: Artigos.
Publicado em: Set-2005
A economia solidária e as políticas públicas de fomento a esse setor, no Brasil, não são um universo separado do restante da sociedade brasileira, da sua cultura política, do seu contexto socioeconômico, das suas conquistas e das suas contradições, da sua institucionalidade. Portanto, o seu espaço de realização não é idílico e seu universo não é especulativo. Por serem parte dessa estrutura, ainda que como contraponto, e por serem recentes, a economia solidária e as políticas públicas em implantação para esse segmento assumem características de um movimento de resistência e de construção do novo no âmago das contradições da nossa sociedade. Em virtude disso, não são experiências já consolidadas e plenamente elaboradas, antes são novas práticas que requerem muita atenção e cuidado por parte de todos os atores envolvidos, para que não massacremos o projeto para preservar determinadas práticas. Ou seja, estamos construindo o novo, o que, por outro lado, não nos permite (particularmente como gestores públicos) que tratemos as políticas públicas como experimentos e os seus beneficiados como cobaias. A dívida histórica que a sociedade brasileira tem com as camadas populares, em especial os mais pobres e excluídos, exige de todos nós um compromisso ético com processos e resultados efetivos.
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