A longa crise econômica no Brasil ressaltou a persistente questão do desemprego estrutural que o país enfrenta. Mesmo durante os períodos de crescimento econômico mais robusto, o desenvolvimento industrial brasileiro não conseguiu criar empregos em quantidade suficiente para a crescente população urbana em idade ativa, devido a fatores como a falta de qualificação da mão de obra e o crescimento populacional acelerado. Ao longo das décadas, o desemprego estrutural passou de predominantemente rural para uma questão urbana, afetando principalmente os setores industriais e de serviços. Medidas para aumentar a competitividade da indústria, como a liberalização do comércio exterior e a reestruturação das empresas, levaram a um aumento da produtividade industrial, mas também resultaram na redução de postos de trabalho. Agora, há a crença de que mesmo com a recuperação da produção, o nível de emprego industrial não voltará ao que era anteriormente.