Este texto trata da importância estratégica da indústria no desenvolvimento econômico e da trajetória de desindustrialização no Brasil, principalmente após a década de 1980, com o processo de automação industrial não adequadamente absorvido pelo país. Esse fenômeno é demonstrado pela queda do valor adicionado e do emprego na indústria de transformação, conforme os dados dos últimos anos. A crise da pandemia da covid-19 também afetou temporariamente os setores de serviço, intensificando o problema. Entre os setores industriais, o de fabricação de máquinas e equipamentos é particularmente relevante, pois representa uma base tecnológica crítica que permite a modernização e o aumento da produtividade de outras indústrias. A adoção de tecnologias industriais, como a Indústria 4.0 e a robotização, torna esse setor ainda mais estratégico. No entanto, desde 2012/2015, houve uma desaceleração nesse segmento no Brasil. O texto aponta para barreiras estruturais que impedem a difusão tecnológica, incluindo a predominância de pequenas empresas com baixa produtividade, uma quantidade reduzida de médias empresas e um pequeno grupo de grandes empresas altamente produtivas. Essa desigualdade produtiva agrava o processo de desindustrialização e impede uma transição sustentável e tecnologicamente inclusiva para o setor. Para superar esses desafios e aumentar a produtividade industrial, o texto propõe a modernização tecnológica das pequenas empresas com o apoio do Estado. No entanto, sugere que os mecanismos de financiamento atuais são insuficientes, recomendando o desenvolvimento de novas estratégias para facilitar a modernização e impulsionar a produtividade industrial.