Chagas, Ana Maria de Resende; Viotti, Renato Baumgratz;
Demografia. População: Livros.
Gênero e Raça.
Publicado em: Set-2003
Este artigo visa a divulgar dados do Censo de 1991 relativos à pessoa com deficiência que possam ser comparados aos que serão brevemente disponibilizados pelo IBGE, correspondentes ao Censo 2000. Apesar de o Censo 1991 ter subenumerado a população com deficiência (1,14%), os números relativos permitem uma boa caracterização deste grupo populacional, como demonstram alguns dos resultados encontrados: as deficiências mentais no Brasil são em menor proporção que o percentual preconizado pela ONU; a maior parte das pessoas deficientes está na região Sudeste, como consequência da concentração populacional; os homens são mais acometidos que as mulheres em todos os tipos de deficiências; o grupo etário de 60 anos ou mais é o que apresenta a maior incidência de deficiências, predominando as sensoriais e as motoras; mais que a quarta parte das pessoas com deficiência é casada e tem, portanto, responsabilidades familiares; a maioria é não alfabetizada; ao contrário do que ocorre com o restante da população, entre as pessoas com deficiências, as mulheres frequentam menos a escola que os homens; poucos trabalham habitualmente durante o ano; seus rendimentos concentram-se entre 1/4 e 1 salário-mínimo; um quinto deles pertence a famílias com até 1/4 de salário-mínimo per capita, e quase a metade está em famílias com até meio salário-mínimo per capita.
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