Este trabalho busca avaliar como um mecanismo de cooperação financeira regional poderia reduzir a vulnerabilidade externa de um grupo de países, complementando as linhas de defesa existentes na esfera multilateral e ofertando recursos a tempo de impedir o agravamento de uma crise de liquidez. Uma estratégia cooperativa poderia, teoricamente, otimizar o custo de manutenção das reservas internacionais dos países-membros, compartindo os custos fiscais e os ganhos de escala. Este mecanismo também poderia canalizar recursos para o desenvolvimento financeiro e promover uma ampliação das transações em moeda local. São analisadas duas modalidades de mecanismos: o fundo de reservas (reserve pooling), representado pelo Fundo Latino-Americano de Reservas (Flar); e os mecanismos de swap de moedas, com destaque para a Iniciativa Chiang Mai, principal exemplo de acordo regional de swap. A estabilidade econômica é um objetivo cada vez mais valorizado na América do Sul. Uma maior coordenação econômica regional constitui um requisito fundamental para a obtenção desta estabilidade. Um mecanismo de cooperação que envolva todos os países da região poderia dar voz e responsabilidade política a todos.