Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Transportes

Mobilidade urbana e posse de veículos : análise da PNAD 2009

Carvalho, Carlos Henrique Ribeiro de; Furtado, Bernardo Alves; Cruz, Bruno de Oliveira; Pereira, Rafael; Morais, Maria da Piedade;


Transportes: Relatórios de Atividades / Técnicos.

Publicado em: 14-Dez-2010


Mobilidade urbana e posse de veículos : análise da PNAD 2009

O padrão de mobilidade urbana no Brasil vem se alterando bastante nos últimos anos com o aumento acelerado da taxa de motorização da população. Os reflexos sobre o transporte urbano são evidentes, caracterizados principalmente pelo aumento do tráfego nas vias das cidades e conseqüente aumento das situações de congestionamento. A PNAD trata dessa questão utilizando duas variáveis principais: a posse de veículos privados nos domicílios e o tempo de percurso casa-trabalho dos trabalhadores que realizam esse percurso de forma direta. Além dos resultados de 2009, utilizaram-se como base comparativa os dados da PNAD 2008, permitindo avaliar o comportamento desses indicadores no período considerado. Quase a metade dos domicílios brasileiros (47%) dispõe de automóveis ou motocicletas para atendimento dos deslocamentos dos seus moradores. Esse dado retrata o estágio atual do processo de mudança do perfil de mobilidade da população brasileira, que vem utilizando cada vez mais o transporte motorizado individual nos seus deslocamentos. De 2008 para 2009, por exemplo, o percentual de domicílios que possuíam automóvel ou motocicleta subiu de 45,2% para 47,0%, com tendência de aumento acentuado. Mesmo com o aumento da disponibilidade de veículos privados, os dados mostram que uma parcela grande da população brasileira, quase a metade dos domicílios, ainda é muito dependente dos sistemas de transporte público, por não possuir alternativa de transporte. Isso indica que, se o uso do transporte individual já é alto, gerando fortes problemas de mobilidade nos grandes centros urbanos, a situação pode piorar bastante, pois a posse de veículos privados ainda tende a crescer muito na faixa da população que não dispõe deles. A indústria automotiva ainda tem bastante campo para se desenvolver e as camadas de renda mais baixa estão tendo mais acesso a esse tipo de bem durável. Resta ao poder público estabelecer políticas para mitigar as externalidades geradas pelo aumento do transporte individual.

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