Reis, Eustáquio José; Bonelli, Regis; Rios, Sandra Maria C. Polônia; Bacha, Edmar (Colaborador); Sabóia, João (Colaborador);
Sistema Monetário. Finanças. Bancos: Livros.
Publicado em: Jun-1988
Com base em simulações econométricas de dois cenários alternativos para o período 1988-91, o artigo procura mostrar quantitativamente para a economia brasileira os trade-offs entre crescimento, endividamento externo e desequilíbrio financeiro do setor público. O ponto de partida da análise está no reconhecimento de que as taxas de poupança e investimento da economia brasileira são insuficientes para sustentar nossas necessidades de crescimento. Uma análise retrospectiva mostra com a crise da dívida externa e o desequilíbrio financeiro do setor público se interrelacionam para explicar a queda significativa observada nessas taxas. As perspectivas são avaliadas a partir da simulação econométrica de dois cenários. O primeiro, que uma redução progressiva do endividamento externo só é viável com taxas de crescimento do PIB significativamente menores do que aquelas observadas como tendência histórica da economia; ainda assim, persiste o problema do desequilíbrio financeiro do setor público. O segundo supõe que o governo, na tentativa de sustentar taxas de crescimento da economia próximas à norma histórica, aumente os gastos públicos. O resultado mostra que as contas externas se mantêm dentro de limites administráveis. Contudo, a deterioração financeira do setor público seria praticamente insuportável. A conclusão, discutida na quinta seção, enfatiza, portanto, a primazia do ajustamento fiscal do governo vis-à-vis aos problemas de ajustamento externo. Ressalta-se, contudo, algumas interrelações entre esses dois aspectos que nem sempre são reconhecidas ou explicitadas, implicando a necessidade de uma desvalorização cambial.
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