Kubota, Luis Claudio; Osorio, Rafael (Sugestões); Ywata, Alexandre (Sugestões); Stivali, Matheus (Comentários e ajuda na programação do software estatístico);
Educação: Livros.
Economia da Saúde. Aspectos Gerais da Economia da Saúde.
Publicado em: Jan-2014
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2012, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), abrange um amplo leque de assuntos, com destaque para comportamentos de risco. Este artigo tem o objetivo de analisar a discriminação contra estudantes obesos e muito magros, utilizando microdados da PeNSE. Os dados indicam que alunos que se autoclassificam “muito gordos” ou “muito magros” são muito mais propensos a comportamentos de risco, como o consumo de drogas ilícitas, álcool, cigarros e laxantes (ou indução ao vômito), quando comparados com alunos “normais”. Eles também são muito mais sujeitos a sofrer bullying frequente (BF) – especialmente aquele motivado por sua aparência corporal, a serem bullies ativos, a sentirem solidão, a sofrerem de insônia, violência familiar, agressões e lesões. Um elevado percentual está envolvido em brigas e avalia que seus pais raramente ou nunca entendem seus problemas e preocupações. O modelo econométrico implementado mostra que estudantes não “normais” têm mais chance de sofrer BF que os “normais”. Os alunos do sexo masculino têm maior chance de ser discriminados em relação às alunas. Não há diferença estatisticamente significativa entre escolas públicas e privadas. Alunos pretos, amarelos e indígenas têm maior chance de sofrer BF em relação aos brancos. Estudantes cujas mães não estudaram têm maior chance de sofrer BF em relação àqueles cujas mães têm ensino médio completo.
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Temas: Educação - Economia da Saúde -