O artigo examina a dinâmica da indústria brasileira de cimento dando ênfase à concorrência entre as empresas nacionais e estrangeiras. Primeiramente, são analisadas as características estruturais da indústria que determinam o baixo grau de oligopolização do setor, apresentando-se a seguir a evolução das principais empresas internacionais que fabricam cimento. A partir destes dados é possível avaliar as alternativas que se colocaram para estas firmas nos diversos ciclos de negócios nos mercados em que atuam e explicar o seu comportamento perante as oportunidades de investimento. No que diz respeito à dinâmica da indústria no Brasil, divide-se a sua história em três fases, referentes à emergência da indústria (1926/42), à consolidação da estrutura industrial (1943/67) e à evolução do setor no ciclo do "milagre" (1968/83). Em cada uma dessas fases procura-se examinar a participação e o crescimento das empresas nacionais e sua competição com as empresas estrangeiras.