Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Administração Pública. Governo. Estado

Programas de transferência de renda no Brasil: impactos sobre a desigualdade

Soares, Fábio Veras; Soares, Sergei Suarez Dillon; Medeiros, Marcelo; Osorio, Rafael Guerreiro; Coelho, Danilo (Colaborador); Ulyssea, Gabriel (Colaborador); Macedo, Gláucia (Colaborador); Barros, Ricardo Paes de (Colaborador); Bastagli, Francesca (Colaborador); Mckinley, Terry (Colaborador); Ehrenpreis, Dag (Colaborador); Zepeda, Eduardo (Colaborador); Guerra, Vandeli (Colaborador);


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Ciência. Pesquisa. Metodologia. Análise Estatística: Livros.

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Publicado em: Out-2006


Programas de transferência de renda no Brasil: impactos sobre a desigualdade

Este texto avalia a contribuição dos programas de transferência de renda para a redução da desigualdade de renda no Brasil entre 1995 e 2004, bem como seu impacto sobre a pobreza. Utilizou-se a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2004, que pela primeira vez coletou informação sobre a incidências de alguns programas de transferência de renda. Desenvolveu-se uma metodologia para separar o componente da renda derivada desses programas, particularmente a renda do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e dos outros programas de transferência de renda (tipo Bolsa-Família) da renda residual do componente “outros rendimentos” da renda da Pnad que parecem ser associados a rendimentos provenientes de juros e dividendos. Além disso, foram cotejados os dados da Pnad 2004 com os registros administrativos dos programas, avaliada a incidência da renda dos mesmos, calculado os índices de concentração desses componentes (ex-ante e ex-post) e decomposta a contribuição de cada componente para a queda do Gini entre 1995 e 2004. Encontrou-se que ambos (o BPC e o Bolsa-Família) são bem focalizados: 74% da renda declarada do BPC e 80% da renda do Bolsa-Família vão para famílias abaixo da linha de pobreza (de metade de 1 salário mínimo per capita), e que conjuntamente esses programas foram responsáveis por 28% da redução da queda do Gini no período 1995-2004 (7% para o BPC e 21 para o Bolsa-Família). Essa contribuição é muito grande se considerado que conjuntamente esses dois programas somam apenas 0,82% da renda total das famílias (de acordo com os dados da Pnad). Chama atenção também a contribuição de pensões e aposentadorias oficiais (públicas) – contributivas ou não (como o caso da aposentadoria rural) no valor de um salário mínimo para a redução da desigualdade. Elas contribuíram em 32% para a redução do Gini, mas esse melhor desempenho é em grande parte devido ao fato de esta fonte de renda representar 4,6% da renda total declarada pelos domicílios na Pnad.

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