No segundo semestre de 2005, houve uma desaceleração na criação de empregos no Brasil, refletida no indicador acumulado em 12 meses, que atingiu níveis preocupantes em novembro, apesar de uma recuperação em dezembro. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também mostrou uma diminuição na criação líquida de empregos formais acumulados em 12 meses. O crescimento da População Economicamente Ativa (PEA) ficou abaixo da tendência histórica em 2005, aliviando a pressão da oferta de mão-de-obra e reduzindo a taxa de desemprego para um dígito no início do segundo semestre. A estabilidade foi atribuída ao menor ritmo de entrada de pessoas no mercado de trabalho. Apesar do desempenho favorável em dezembro, com aumento da ocupação, queda na taxa de desemprego e crescimento anual dos rendimentos reais, o mercado de trabalho enfrentou desafios no segundo semestre de 2005, mantendo-se praticamente inalterado. As expectativas para 2006 eram incertas, apesar do cenário positivo em dezembro, com indicadores favoráveis e progressos notáveis no mercado de trabalho nos anos recentes.