Bonelli, Regis; Fonseca, Renato;
Indústria: Livros.
Publicado em: Jul-1998
Este artigo procura analisar a evolução da competitividade da indústria brasileira na década atual, com o objetivo de contribuir para o melhor entendimento da questão e do desempenho comercial brasileiro. Para tal optamos pela utilização de um indicador de competitividade-custo já conhecido, embora relativamente pouco utilizado no Brasil: o custo unitário da mão-de-obra. Ao compararmos a competitividade da indústria brasileira com a de alguns de nossos principais parceiros comerciais, verificamos que na primeira metade da década de 90 a indústria brasileira acumulou perdas significativas de competitividade, com claros reflexos nas nossas exportações de produtos manufaturados. Todavia, a partir de meados de 1996 dá-se início à reversão na tendência crescente do ULC da indústria, que se transformou numa tendência declinante em 1997. Paradoxalmente, essa perda de competitividade da indústria brasileira vinha ocorrendo em concomitância com o crescimento sem precedentes da produtividade da mão-de-obra. Decompondo o ULC, pudemos concluir que o principal determinante da perda de competitividade da indústria brasileira, nesta década, foi o crescimento do salário médio em dólares. Comprovamos também que o aumento do salário em dólares deveu-se menos à valorização cambial que ao crescimento do salário médio em reais. O trabalho contém, ainda, análise da evolução da ULC por gêneros da indústria brasileira.
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