Souza, Pedro Herculano Guimarães Ferreira de;
Desenvolvimento Regional: Livros.
Publicado em: Nov-2013
O objetivo deste texto é investigar os efeitos das desigualdades regionais sobre a desigualdade interpessoal de renda domiciliar per capita no Brasil e comparar os resultados com os encontrados nos Estados Unidos e no México. Cinco hipóteses são testadas a partir de decomposições aninhadas do índice de desigualdade GE(0) para diversos recortes geográficos. Os dados são provenientes dos censos demográficos dos três países. Os resultados sugerem que a maior parte da desigualdade de renda no Brasil, assim como nos Estados Unidos e no México, é local, entre vizinhos, não sendo captada nem mesmo por decomposições espaciais submunicipais. Dessa maneira, ainda que todos os municípios do Brasil tivessem exatamente a mesma renda per capita, a desigualdade total brasileira continuaria superior à observada nos Estados Unidos. No entanto, as desigualdades regionais não devem ser ignoradas, até porque são muito mais elevadas no Brasil e no México. A principal diferença entre estes países e os Estados Unidos está na existência de grandes regiões que possuem simultaneamente rendas médias muito inferiores e desigualdades internas muito superiores às demais regiões de cada país. A magnitude desses dois efeitos é semelhante, de modo que, para reduzir a desigualdade interpessoal de renda no Brasil, diminuir a desigualdade local no Norte/ Nordeste é tão importante quanto elevar a renda média nessa macrorregião agregada.
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