A pesquisa aborda a tradição de mensurar as necessidades habitacionais da população urbana, remontando aos anos 1970 e estendendo-se até discussões contemporâneas sobre o direito à moradia, destacando iniciativas internacionais como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. No contexto brasileiro, a Fundação João Pinheiro desenvolve uma metodologia própria para calcular o déficit habitacional, com foco não apenas na quantidade, mas também na qualidade das moradias. O estudo analisa o déficit habitacional no Distrito Federal, utilizando dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2018, que permite uma análise espacial mais detalhada. Os resultados revelam padrões distintos de déficit em diferentes regiões, destacando áreas de aglomerados subnormais como especialmente vulneráveis, com destaque para a habitação precária na Estrutural + Vila Santa Luzia, o ônus excessivo com aluguel em Sol Nascente, e o ônus excessivo com aluguel também predominante nas demais áreas de aglomerados subnormais, exceto na Estrutural + Santa Luiza, onde se destaca a habitação precária. A pesquisa contribui para uma compreensão mais detalhada das necessidades habitacionais e a distribuição espacial do déficit no Distrito Federal.