Depois do crescimento acelerado e continuo da década de 70, a economia brasileira passou, na década seguinte, por um período de grande instabilidade na sua taxa anual de crescimento. Este artigo investiga em que medida as períodos de estagnação e expansão da economia do pais podem ser explicados por dois tipos de choques considerados exógenos e persistentes: um de juro real e outro de produtividade. A metodologia econométrica que adotamos é discutida detalhadamente em King et alii ( 1991) e Mellander et alii ( 1992) e pode ser vista como um aperfeiçoamento dos procedimentos de estimação e identificação das equações estruturais usualmente adotados nos modelos Auto-Re-gressivos Vetoriais (VAR). Obtivemos evidencias de que a tendencia do P1B e estocástica e e afetada por dois tipos de choques bdsicos: um de juro real e outro de produtividade. Mostramos ainda que um choque positivo de juro real afeta a composicao do produto, reduzindo a relacao investimento/PIB.