O artigo discute o papel do espaço na estratificação social das sociedades contemporâneas. Ele analisa os mecanismos pelos quais o espaço afeta a distribuição de recursos entre os habitantes das cidades, apresentando três eixos principais: (1) a forma espacial como elemento de conservação da história social, cristalizando as divisões sociais; (2) a influência da segregação espacial na formação do capital social e nas trajetórias de vida dos indivíduos; e (3) o papel do espaço na transmissão intergeracional da riqueza. O texto também traz evidências empíricas sobre a desigualdade socioespacial nas aglomerações urbanas brasileiras.